Nasdaq disparou 30,63% e teve o melhor trimestre desde 1999. Já o S&P 500 teve o maior avanço desde 1998, ao saltar 19,95% entre abril e junho. Bandeira dos EUA em frente à Bolsa de Chicago John Gress/Reuters O apoio das amplas medidas de liquidez adotadas pelos bancos centrais, a expectativa de que os juros baixos continuem em vigor por um período prolongado e a perspectiva de retomada acelerada da economia levaram os mercados acionários americanos a fortes ganhos no segundo trimestre de 2020, que se encerra nesta terça-feira (30). O índice S&P 500 exibiu, entre abril e junho, o maior avanço desde 1998, ao saltar 19,95% no período, e o Nasdaq, que disparou 30,63%, teve o melhor trimestre desde 1999. Hoje, os ganhos das bolsas ainda foram apoiados pelos resultados animadores do índice de confiança do consumidor americano neste mês. Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o índice Dow Jones encerrou o pregão em alta de 0,85%, aos 25.812,54 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,54%, para 3.100,14 pontos. O índice eletrônico Nasdaq saltou 1,87%, para 10.058,77 pontos, voltando, novamente, a superar a marca dos 10 mil pontos. “O estilo maciço do Fed e as medidas fiscais de apoio à economia impulsionaram a recuperação do mercado acionário a uma velocidade como nunca vimos. Mas há uma desconexão percebida entre o movimento do mercado e a recuperação econômica e a realidade é que a segunda metade do ano pode ter muita agitação”, afirma a estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab, Liz Ann Sonders. É preciso apontar que grande parte da alta registrada pelos indicadores acionários nos EUA veio das ações de gigantes de tecnologia, cujo bom desempenho foi percebido no pregão de hoje. Os papéis da Apple subiram 0,83%, as ações da Microsoft tiveram alta de 2,57% e as da Alphabet, a controladora do Google, avançaram 1,53%. Nesta terça-feira, o índice de confiança do consumidor americano ajudou a apoiar os negócios. Segundo o Conference Board, o indicador subiu de 85,9 pontos em maio para 98,1 pontos em junho, enquanto os mercados projetavam avanço menos intenso da confiança, para 91,0 pontos. “A melhora da confiança do consumidor em junho é a melhor em um único mês desde 2011 e é uma surpresa, considerando que outras séries de dados econômicos deram uma pausa no rali, que os pedidos de seguro-desemprego permanecem altos, que os preços da gasolina subiram, os preços das ações caíram e o clima sócio-político do país se deteriorou no mês passado”, afirma Thomas Simmons, economista sênior do Jefferies. Para ele, o efeito da reabertura de várias economias estaduais deu aos consumidores melhores perspectivas econômicas de curto prazo e otimismo em relação ao futuro.