Ação que pressiona por medidas contra discursos de ódio tem a adesão de Unilever, Coca-Cola, Starbucks e outras empresas. Logomarca do Facebook Dado Ruvic/Reuters/Arquivo Os organizadores de uma campanha de boicote à publicidade no Facebook, que vem conseguindo apoio de um número crescente de grandes empresas, agora estão se preparando para expandir a ação globalmente de forma a aumentar a pressão sobre a empresa de mídia social para que remova discursos de ódio. A campanha "Stop Hate for Profit" começará a pedir às grandes empresas da Europa que se juntem ao boicote, disse Jim Steyer, executivo-chefe da Common Sense Media, em entrevista à Reuters no último sábado (27). Por que gigantes suspenderam publicidade nas redes sociais Desde que a campanha foi lançada neste mês, mais de 160 empresas, incluindo a Verizon e a Unilever, firmaram compromisso para parar de comprar anúncios na maior plataforma de mídia social do mundo em julho. Respondendo às demandas por mais ação, o Facebook reconheceu neste domingo que tem muito a fazer e está se unindo a grupos de direitos civis e especialistas para desenvolver mais ferramentas para combater o discurso de ódio. A empresa afirmou que seus investimentos em inteligência artificial já o permitem encontrar 90% do discurso de ódio antes que os usuários denunciem. Próximos passos A Free Press e a Common Sense, juntamente com os grupos de direitos civis dos EUA Color of Change e a Liga Antidifamação, lançaram a campanha após a morte de George Floyd, o homem negro desarmado que foi assassinado pela polícia de Minneapolis. "A próxima fronteira é a pressão global", disse Steyer, acrescentando que a campanha espera encorajar os reguladores da Europa a adotar uma postura mais rígida diante do Facebook. A Comissão Europeia anunciou neste mês novas diretrizes para as empresas de tecnologia, incluindo o Facebook, para que enviem relatórios mensais sobre como estão lidando com o fluxo de desinformação a respeito do coronavírus. A campanha global continuará à medida que os organizadores seguirem pedindo que mais empresas dos EUA participem. Jessica Gonzalez, co-diretora executiva da Free Press, disse que entrou em contato com as principais empresas de telecomunicações e mídia dos EUA para pedir adesão.