A empresa afirmou que anunciará seus planos de cortes de pessoal até o final de julho, mas precisa informar sindicatos e governos sobre qualquer grande reformulação antes de um "período de silêncio" de duas semanas antes da divulgação dos resultados em 30 de julho. Logotipo da Airbus Reuters A Airbus está finalizando um plano de reestruturação que deve incluir milhares de demissões, e o presidente-executivo do grupo europeu de aviação afirmou nesta segunda-feira (29) que a companhia vai manter a produção 40% abaixo do previsto por dois anos. A empresa poderá definir o maior plano de reorganização da história do grupo até quarta-feira, disseram fontes sindicais antes das reuniões no início desta semana com a Airbus, que não quis comentar. A Airbus precisa agir rapidamente para compensar os prejuízos causados pela queda de cerca de 40% de seus negócios na área de aviação durante a pandemia de coronavírus, afirmaram fontes do setor. A empresa afirmou que anunciará seus planos de cortes de pessoal até o final de julho, mas precisa informar sindicatos e governos sobre qualquer grande reformulação antes de um "período de silêncio" de duas semanas antes da divulgação dos resultados em 30 de julho. O presidente-executivo, Guillaume Faury, estabeleceu um cenário sombrio quando confirmou em uma entrevista em um jornal alemão que a Airbus está se preparando para uma queda de 40% na produção de aviões por dois anos. "Nos próximos dois anos – 2020/21 – assumimos que a produção e as entregas serão 40% menores do que o planejado originalmente", disse Faury ao Die Welt. A Reuters informou em 3 de junho que a Airbus estava prevendo uma queda de 40% na produção de jatos por dois anos em relação a planos de antes da pandemia como base para qualquer reestruturação. Até agora, a empresa afirmava que estava cortando um terço da produção, em média. Fontes previram cortes em fases de 14 mil a 20 mil empregos com base na meta de produção, que leva em conta o número de funcionários necessários para montar diferentes tipos de aviões. Faury não comentou planos de reestruturação específicos, mas disse que a empresa tentará todas as alternativas para reduzir custos. "É um fato brutal, mas devemos fazê-lo. É sobre o ajuste necessário à enorme queda na produção. É sobre garantir nosso futuro", disse Faury ao jornal Die Welt.