Funcionários tiveram os contratos suspensos e salários reduzidos em 22 de abril. Sindicato dos Metalúrgicos de São José é contra a medida e ameaça greve. Fábrica da Embraer em São José dos Campos Divulgação/ Enplan Os funcionários da Embraer que estavam em layoff ou jornada reduzida desde abril voltarão ao trabalho com salário e jornada integrais a partir de 22 de junho. A empresa afirma que dará preferência para que os colaboradores atuem em home office. A medida vale para todos os funcionários que entraram neste sistema de trabalho em 22 de abril, representados pelos Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos, de Araraquara, Sindicato dos engenheiros de Minas Gerais e Sindicato dos Aeronautas. Aqueles que precisarem trabalhar nas fábricas ou centros de serviço, deverão seguir protocolos que foram implantados como o uso obrigatório de máscara, medição diária de temperatura, distanciamento, higienização recorrente das mãos e ferramentas. A retomada não inclui uma parte dos funcionários de Botucatu, que entraram em layoff no último dia 15 de junho. Uma parte dos colaboradores volta à atividade, enquanto outros entram no layoff. Um outro acordo foi feito com os engenheiros da empresa, que entraram em layoff neste mês. Funcionários que fazem parte do grupo de risco e não puderem ficar em trabalho remoto, terão férias coletivas por 15 dias a partir do dia 22 de junho e, depois disso, se necessário, ficarão em licença remunerada até novas orientações. O grupo de aprendizes como Senai, CIEE, Fundhas e Creche Feliz, permanecerá em layoff. Já os estagiários continuarão trabalhando em home office, até que novas medidas sejam adotadas. Por nota, a fabricante informou que tem tomado todos os cuidados para a retomada da jornada. "As novas medidas buscam equilibrar a demanda e a disponibilidade das equipes, minimizar impactos econômicos da pandemia e, acima de tudo, continuar preservando a saúde e segurança das pessoas diante da crise da Covid-19". O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos contesta a decisão e ameaça greve. “Não tem como a produção trabalhar em home office. Estamos falando, por cima, em cinco mil pessoas, que vão se expor em ônibus, refeitório e durante o trabalho. Vamos protocolar um aviso de greve ainda hoje e discutir com os trabalhadores na segunda-feira. Queremos a estabilidade no emprego até o fim do ano e que fiquem em casa até a OMS decretar que a pandemia chegou ao fim”, disse o diretor Hebert Claros. A Embraer nega o número citado pelo Sindicato. Segundo a fabricante de aviões, dois terços dos 10 mil funcionários das fábricas de São José e Taubaté atuarão de forma remota. O restante será dividido nas cinco unidades das duas cidades.