Metade do montante será financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o restante será financiado por bancos privados e públicos. Dois avioes Embraer 190 da Forca Aerea Brasileira decolam, nesta quarta-feira (05), as 12h, da Ala 1 (Base Aerea de Brasilia) para buscar os brasileiros que estao em Wuhan, na China, e desejam regressar ao Brasil. Cláudio Reis/FramePhoto/Estadão Conteúdo A Embraer informou nesta segunda-feira (15) que finalizou os termos de contratos de financiamentos ao capital de giro para exportações no valor de até US$ 600 milhões. O prazo de pagamento será de até quatro anos. Metade do montante será financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor restante será financiado por bancos privados e públicos, na proporção de 50%. As linhas de financiamento “reforçarão ainda mais a posição de caixa da companhia garantindo recursos desde a fase de produção até o momento do embarque dos produtos para o mercado externo”, diz a companhia, em comunicado, afirmando ainda que continuará na avaliação de formas adicionais de financiamento para manter um perfil de endividamento de longo prazo. No início de junho, a Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,276 bilhão no primeiro trimestre, um salto de 694% na comparação com o prejuízo de R$ 160,8 milhões nos três primeiros meses de 2019. Além do contexto de crise do setor aéreo, a Embraer vinha enfrentando dificuldades desde o fim do acordo com a Boing. A empresa informou no balanço que os custos de separação dos negócios relacionados com a parceria estratégica com a Boeing, agora encerrada, reconhecidos em janeiro, foram de R$ 96,8 milhões. Desde então, a fabricante de aviões vinha discutindo propostas de financiamento com o BNDES e com bancos privados no Brasil e no exterior. Engenheiros aprovam proposta da Embraer para nova suspensão temporária de contratos Rescisão com a Boing No fim de abril, a Boeing anunciou a rescisão do acordo que daria à gigante norte-americana o controle sobre a divisão de aviação comercial da Embraer. O negócio avaliado em US$ 5,26 bilhões previa a criação de uma empresa conjunta que ficaria sob comando da Boeing, com 80% de participação. A Embraer ficaria com os 20% restantes, e poderia vender a sua parte para a americana. O valor era tido como fundamental para o financiamento da Embraer para os próximos anos. A Boeing afirma que “exerceu seu direito de rescindir" acordo "após a Embraer não ter atendido as condições necessárias”. A Embraer, por sua vez, afirmou à época que a Boeing rescindiu "indevidamente" o acordo entre as empresas na área comercial e que a empresa norte-americana "fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação" * (com informações do jornal Valor Econômico)