Na segunda-feira, moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 2%, vendida a R$ 5,1421. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar abriu em queda nesta terça-feira (16), após ter voltado a fechar na véspera acima do patamar de R$ 5,10, com os investidores otimistas devido a esperanças de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos para apoiar uma retomada da atividade pós-pandemia. Às 10h49, a moeda norte-americana caia 0,94%, a R$ 5,0940. Veja mais cotações. Nesta segunda-fira, o dólar encerrou o dia em alta de 2%, vendido a R$ 5,1421 – maior cotação desde 2 de junho (R$ 5,2116). No mês, a moeda ainda acumula queda, de 3,64%. No ano, a alta chega a 28,24%. Cenário externo e interno No exterior, o dia tem viés positivo nos mercados, com o sentimento sendo impulsionado pelo lançamento do plano de compra de títulos corporativos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), apesar das preocupações em relação a uma segunda onda de infecções globais por coronavírus. O Fed começará a comprar títulos corporativos nesta terça-feira por meio da linha de crédito corporativo do mercado secundário, uma das várias ferramentas de emergência para reforçar a liquidez. No cenário doméstico, permanecem as incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio a um cenário de permanente avanço do número de novos casos diários da Covid-19 e elevadas tensões políticas. Ameaça de segunda onda de casos de Covid-19 nos EUA e China faz dólar subir No radar dos investidores na semana está também a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 3% ao ano, e a expectativa do mercado é que a taxa básica deverá cair para a mínima de 2,25% ao ano nesta quarta-feira, com o BC ampliando um esforço emergencial para revigorar a atividade econômica prejudicada pela pandemia de coronavírus. Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,48% para um tombo de 6,51%. O dólar já perdeu muito terreno desde que tocou máximas recordes em meados de maio, mas também recuperou alguma força após ter ficado abaixo de 5 reais pela primeira vez em mais de dois meses na primeira semana de junho. A projeção do mercado brasileiro para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, caiu de R$ 5,08 para R$ 5 por dólar. Já a estimativa para a inflação em 2020 foi elevada, de 1,53% para 1,60%. Dólar em 15.06.2020 Economia G1