Cantora já cogita 2ª live depois de ver tamanho do repertório e lembra: 'A partir da execução da novela, o telefone não parava de tocar para venda de shows'. Fafá de Belém durante live caseira em casa Divulgação Fafá de Belém faz live neste sábado (13) cantando temas de novelas, já que tem mais de 60 músicas em trilhas sonoras. Ela conta que a ideia de relembrar o repertório era um dos projetos da comemoração de 45 anos de carreira em 2020. "A gente está vivendo um momento de saudosismo e a novela é uma companhia para qualquer um. A interlocução com os personagens é maravilhosa. Quando acabou 'Éramos Seis' eu queria morrer. Foi no meio da pandemia", diz e solta uma gargalhada em entrevista ao G1. A cantora paraense vai fazer a live direto da sala de casa em São Paulo com participação da filha Mariana Belém. Músicas como "Pauapixuna", "Foi Assim" e "Coração do Agreste" foram importantes para impulsionar a carreira de Fafá e serão cantadas na live. Além dessas, músicas do Roupa Nova e do José Augusto também estão no repertório. "A novela era lançada na segunda, domingo tinha o tema do Fantástico e a partir da execução da novela, o telefone não parava de tocar para venda de shows. Eu sou dessa época", conta. G1 – Qual foi a sua motivação para fazer esse live? Fafá de Belém – Olha foi muito mais um incentivo por livre e espontânea pressão [risos] de Mariana minha filha, de pessoas que eu amo. Eles me convenceram finalmente de fazer. São 45 anos de carreira, a gente tinha planejado uma série de eventos, mas a pandemia nos jogou em casa criando inseguranças, questionamentos. Eu entendo que uma live é para abraçar as pessoas, para as pessoas viajarem, é como um show. G1 – Como foi a escolha desse tema de músicas românticas que foram temas de novela? Era algo que você já queria fazer? Fafá de Belém – Esse era um dos momentos da comemoração desses 45 anos. A gente está vivendo um momento de saudosismo e a novela é uma companhia para qualquer um. Quando você está em casa, quando está sozinho nesse momento que a gente está isolado. A interlocução com os personagens da novela é maravilhoso. Quando acabou "Éramos Seis" eu queria morrer. Foi no meio da pandemia. O que aprendemos com a crise: Fafá de Belém G1 – Como você está fazendo a seleção do repertório? De cabeça mesmo ou está pesquisando e relembrando as trilhas das novelas? Fafá de Belém – Eu mantenho atualizado sempre essas informações. A gente tem uma pasta no computador de temas de novela, de temas de cinema, de aberturas, minisséries. Essa contagem a gente sempre atualiza quando usam um tema, quando repetem ali. Então para gente montar esse repertório a gente foi lá nessa lista e é muita coisa. Acho que vamos ter que fazer um "Tema de novela 2 – A Missão", porque eu não podia me restringir aos meus temas de novela, né? O tema da novela é uma coisa importantíssima para nós, artistas dos anos 80, 90. A novela era lançada na segunda, domingo tinha o tema do Fantástico e a partir da execução da novela, o telefone não parava de tocar para venda de shows. Eu sou dessa época. As mais pedidas são uma loucura porque surpreendem muito a gente. Eu vou falar um tema só que me surpreendeu muito a quantidade de pedidos: "Pauapixuna", "Foi Assim" e, claro, a campeã das campeãs, "Coração do Agreste". Impressionante, campeã absoluta, tema que foi da "Tieta do Agreste". G1 – A live vai ser transmitida da sua casa em SP? Quais músicos vão te acompanhar? Fafá de Belém – Olha a live vai ser na live da minha casa em São Paulo. É uma sala comprida e os músicos serão os que tocam comigo há 40 anos, 42, 30 anos. Eu juntei um grupo de músicos que fazem parte da minha vida também. Mariana foi criada junto com eles e ela também vai estar junto comigo cantando e me ajudando a transmitir a live. Todos fomos testados e retestados. Na sexta-feira (12) todos nós passaremos por testes, porque ninguém pode se contaminado nem contaminar. Fafá de Belém e a filha Mariana estão passando a quarentena juntas em São Paulo Reprodução/Instagram/Fafá de Belém Eu digo que vai ser uma live daquelas minha, sabe? Que dá vontade de mandar recado, chorar, beber, fazer festa. É um abraço. Não é para pedir, é para abraçar, é para doar. Quando me propuseram colocar QR Code, eu falei não. Quero colocar quatro instituições que eu trabalho há muitos anos. São elas: Casa Um, Casa Zé Couto, Missão Belém e a fundação Padre Júlio Lancelotti. G1 – Como você acha que vai ser a experiência da live? Cantar sem ouvir a resposta do público pode ser algo estranho? Fafá de Belém – Olha, eu vou me divertir. Eu sou da época que a gente fazia Globo de Ouro sem plateia. Eu sou do tempo que a gente fazia "depois entrou plateia". A gente contava 4 e entrava ao vivo e fazia televisão Tinha muito programa de música na televisão então eu vou entrar cantando, me emocionando e cantando como se tivesse gente. E vai ter gente no meu coração, nos olhando. Fafá de Belém no show 'Humana' Murilo Alvesso / Divulgação G1 – Você estava prestes a comemorar 45 anos de carreira. Quais atividades estavam programadas? Você já tem ideia de como vai conseguir realizá-las depois da pandemia? Fafá de Belém – Eu estou comemorando 45 anos [risos]. Eu não sou uma pessoa de ficar sentada sobre modelos. Sou uma pessoa de ficar olhando pra trás. Eu olho para trás para me olhar, me reconhecer, ter orgulho da minha história, da minha carreira, mas eu não fico parada no tempo. Nem fico sentada sobre as minhas glórias. A vida não para. A gente está trabalhando, comemorando, caminhando e fazendo as lives. Eu estou gravando muita coisa da minha memória para escrever um livro, já que estou tendo tempo agora. Depois da pandemia não sabemos que mundo será, não sabemos o que vamos encontrar, mas a gente vai encontrar sempre meios de realizar os nossos sonhos.