Nossa, este blog ainda existe. Que alegria. Mas vamos direto ao ponto. O que tem de bom para ver. Cena de Parks and Recreation Divulgação/NBC Acho que a coisa que mais me empolgou e emocionou nos últimos meses foi o episódio especial de quarentena de “Parks and Recreation”, cinco anos depois do fim da série. Foi fofo, simples, perfeitinho, engraçado e obviamente me fez chorar… E me fez voltar a ver “Parks” (Globoplay), a série ideal para dar aquela aquecida no coração em tempos sombrios. Se você nunca viu, veja. Estreou lá em 2009, tem sete temporadas de episódios curtinhos, é genial, engraçada, tem personagens fofos – é sobre uma repartição pública numa cidadezinha americana. Como quase toda comédia, demora para engatar, tenha paciência (ou pule alguns episódios da primeira temporada, tudo bem). Quando engata é demais. E a segunda coisa que mais me empolgou ultimamente foi a segunda temporada de “Homecoming” (Amazon). A série que é baseada num podcast e teve Julia Roberts como a estrela da primeira temporada voltou e já é uma das coisas mais legais do ano. Se a primeira temporada era toda pretensiozinha (e ótima, sim), toda misteriosa e meio mística, envolvendo uma enorme teoria da conspiração e muitos closes na cara da Julia Roberts, a segunda é meio que um respiro nisso. Ainda, perdoe-me a expressão, desconstrói a primeira (ui), que, em perspectiva, fica muito mais legal. E tem a Jannelle Monaé. E os episódios só têm meiorinha! Também fiz uma supermaratona da segunda temporada de “Ozark” (Netflix) – eu tinha largado no começo, tinha um policial lá que estava me irritando. Mas aí resolvi voltar, vi tudo em poucos dias e, embora um pouquinho inferior à primeira, continua boa demais, naquele ritmo viciante. Basta fechar os olhos pra algumas forçações de barra que tudo fica mais legal. Uma aspirante a “Breaking Bad” – bem menos boa, mas é o que temos. Estou dando um tempo antes de começar a terceira, porque é meio difícil parar de ver e tem muitas outras séries na minha fila (mais abaixo eu digo quais). Mas se você quer mais uma seriezinha do bem, leve, fofa, meio comédia romântica meio mistério com ares de episódio de “Black Mirror”, veja “Upload” (Amazon). A história é meio parecida com a do episódio “San Junipero” de “Black Mirror”, em que, num futuro não tão distante, quem morre pode transferir sua consciência para uma realidade virtual. O único problema é o péssimo episódio final, mas nada que tire a graça do todo. E também tem episódios curtinhos (aviso porque aparentemente ter episódios longos é um defeito. Não para mim). Sigo vendo “High Maintenence” (HBO) , uma das séries mais good vibe que eu conheço. O único personagem fixo – e ainda assim bem coadjuvante – é o cara que vende maconha de bike por Nova York. Os episódios são centrados em quem compra a droga, que às vezes é um elemento importante na história, às vezes é só um detalhe. Tem episódios engraçados, tem histórias tocantes, tem umas viagens malucas. E, não, não vou falar que é viciante. Já tem quatro temporadas, estou na terceira e sigo amando. (HBO). Vi também "Nada Ortodoxa" (Netflix), minissérie bonita, curtinha, baseada em uma história real – uma menina que foge de sua comunidade de judeus ultraortodoxos em Nova York e vai sozinha para Berlim. E, por fim, a décima temporada de “Curb Your Enthusiasm” (ou Segura a Onda) em que o mestre do distanciamento social antes de existir distanciamento social, Larry David, está no auge da forma. Como é boa. Até vi devagar, economizando, para não acabar muito rápido. (HBO) * A HBO resolveu estrear a quarta temporada de “Veronica Mars” (também conhecida como a melhor série já feita na história da humanidade) mas sem exibir as três primeiras, o que não faz o menor sentido. Ainda não consigo falar muito desta quarta temporada, que é meio impactante demais para quem é fã da série. Nem sei se recomendo ou não. Sem as três primeiras não tem muita graça… Tirando isso, as próximas da minha lista são terminar "Plot Against America" (como tudo do David Simon começa devagar e vai ficando perfeita com o passar dos episódios), continuar "The Good Fight", ver qual é a dessa "Little Fires Everywere", da qual metade das pessoas gosta e metade detesta, descobrir o que é "Defending Jacob" etc. Eu voltei.