Informações são sobre percentual de pessoas com sintomas da doença e até dados de movimentação medidos pelos recursos de localização da rede social. Em parceria com universidade americana, Facebook disponibiliza dados com percentual da população que apresentou sintomas de Covid-19. Reprodução O Facebook passou a divulgar novos dados sobre a pandemia de coronavírus em parceria com universidades e pesquisadores. A rede social também começou a disponibilizar informações agregadas de movimentação de usuários, que antes eram exclusivas a organizações e instituições de ensino. Esse agregado de dados faz parte de um programa chamado 'Data for Good', criado em 2017 para compilar informações relativas a emergências, com o intuito de usar as informações para salvar vidas. Uma das novidades é a divulgação de um mapa com resultado de uma pesquisa feita pela Universidade de Maryland, que foi veiculada pela rede social, e traz informações sobre o percentual de pessoas em uma região que relataram sintomas de Covid-19. Segundo Alex Pompe, gerente de pesquisa no Facebook, a rede social não teve acesso às informações coletadas, apenas colaborou para que a pesquisa chegasse a mais pessoas. "Usamos o alcance [do Facebook] para fornecer acesso aos usuários. As pesquisas são feitas nos sites das universidades", afirmou em conversa com o G1. Essa primeira pesquisa coletou informações de milhões de pessoas em 115 países, incluindo o Brasil. Outra pesquisa que está sendo promovida pela rede social é uma parceria entre o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e a Universidade Johns Hopkins, duas instituições renomadas nos Estados Unidos, para entender o acesso a medidas preventivas, como uso de máscaras, comportamento em público e distanciamento social. "O objetivo é tentar entender a extensão da presença da Covid-19 na população para poder relaxar as medidas de isolamento", explica Pompe. Dados de movimentação O Facebook também passou a divulgar dados de movimentação dos usuários da rede social que têm o aplicativo móvel no smartphone e estão com o recurso de localização ativado. As informações, que estavam disponíveis a pesquisadores desde 6 abril, foram apresentadas publicamente em blocos de 6km para os países analisados, o que evita que um usuário possa ser identificado. Com essas informações, a rede social consegue divulgar um índice de movimentação com base nos dados que são compartilhados pelos usuários, medindo quem se desloca além desses blocos. Dados do Brasil também estão na lista. Facebook: como controlar a privacidade da sua conta Segundo Pompe, foram tomadas medidas para realizar a divulgação, como anular dados em pontos onde tivessem menos de 3 usuários, além de optar por não divulgar informações a nível de bairro ou de residência. "Essencialmente estamos nos abrindo para uma auditoria por qualquer pessoa que tenha conhecimento de análise de dados e de privacidade", afirmou. Gráfico mostra dados do Facebook com percentual da população que reduziu movimentação na Europa. Divulgação/Facebook