Resultado reflete o forte impacto da crise resultante da pandemia de Covid-19 na aquisição de máquinas e na expansão da capacidade produtiva da economia. Em meio aos impactos da pandemira de coronavírus, os investimentos registraram uma forte retração em abril, com queda em todos os segmentos, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (8) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos em máquinas, equipamentos, construção civil e pesquisa) registrou queda de 27,5% em relação ao mês de março. Na comparação com abril do ano passado, houve recuo de 32,8%.
A Formação Bruta de Capital Fixo mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do seu estoque de capital fixo.
A maior queda em abril foi no segmento de máquinas e equipamentos (-39,4%). O indicador de construção civil, por sua vez, recuou 19,6%. O terceiro componente, classificado como outros ativos fixos, registrou queda de 15%.
Na comparação com abril de 2019, a queda nos investimentos atingiu todos os segmentos: máquinas e equipamentos (-46%), construção civil (-25,6%) e outros ativos fixos (-19,1%).
Com o tombo de abril, o nível de investimentos atingiu o menor nível desde dezembro de 2003, segundo a série da pesquisa do Ipea.
No 1º trimestre, a taxa de investimento ficou em 15,8% do PIB, acima do observado no mesmo período de 2019 (15%), mas ainda bem abaixo do patamar acima de 21% registrado em 2013.
O trimestre móvel encerrado em abril fechou com queda de 11% nos investimentos no país. No acumulado em 12 meses, os investimentos ainda têm alta de 0,2%.
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,25% para um tombo de 6,48%.
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