Chapéus de papel machê se baseiam na dinastia Song, com extensões que mantêm usuários a um metro de distância, conforme regras francesas contra a disseminação da Covid-19. Visitantes de galeria francesa têm que usar chapéus com abas gigantes para manterem distância uns dos outros BENOIT TESSIER / REUTERS Uma galeria de arte de Paris se inspirou na China antiga para cumprir o distanciamento social fornecendo chapéus com extensões gigantes para os visitantes. Os chapéus coloridos de papel machê se baseiam em adereços de cabeça da dinastia Song, que governou a China entre 960 e 1279, com extensões longas o suficiente para manter os usuários a um metro de distância um do outro, conforme estipulado nas regras francesas contra a disseminação da Covid-19. Acredita-se que o imperador Song tenha ordenado que seus subordinados usassem chapéus com abas para que não pudessem fofocar sem ser ouvidos. Galeria na França fornece chapéus para incentivar distanciamento social BENOIT TESSIER / REUTERS "Naquele tempo, eles eram usados para evitar que as autoridades publicas sussurrassem", explicou Dominique Pouzol, que projetou os chapéus para a galeria 59 Rivoli, à Reuters. "E por isso já havia então esta noção de distanciamento social." Algumas das criações de Pouzol também têm uma mensagem política — aquelas pintadas nas cores do arco-íris são um aceno aos direitos dos gays. "Os chapéus são para nos proteger da Covid-19", disse ela. "Mas disse a mim mesma que talvez eles também possam nos blindar… da maldade humana, de pessoas de mente estreita." Galeria na França recorre a chapéus para incentivar distanciamento entre visitantes BENOIT TESSIER / REUTERS