Executivo da rede social afirmou que a seção, chamada de Discover, é uma 'plataforma com curadoria, onde nós decidimos o que promovemos'. Painel com o logo do Snapchat, exibido na Times Square, em Nova York. Lucas Jackson/Reuters O aplicativo Snapchat afirmou que não vai mais promover a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na seção Discover, voltada à exploração de novos conteúdos pelos usuários. Comentários inflamados, feitos pelo presidente na semana passada tornaram a conta incompatível com o recurso. "Não vamos amplificar vozes que incitem violência racial e injustiça dando a elas promoção gratuita na seção Discover", afirmou a Snap, empresa dona do popular aplicativo Snapchat. "Violência racial e injustiça não têm lugar em nossa sociedade e estamos juntos de todos aqueles que buscam paz, amor, igualdade e justiça nos Estados Unidos." Com comícios paralisados e tuítes verificados, campanha de Trump recorre a aplicativo próprio A conta de Trump no Snapchat — que consiste em sua maioria de conteúdo de campanha política e não possui a retórica informal que ele usa regularmente no Twitter — continuará pública e acessível para as pessoas acompanharem, afirmou a Snap. O presidente-executivo da Snap, Evan Spiegel, afirmou a funcionários no domingo que a seção Discover é uma "plataforma com curadoria, onde nós decidimos o que promovemos". As tensões entre Trump e plataformas de redes sociais aumentaram na semana passada, depois que o Twitter começou a sinalizar alguns de seus tuítes com um alerta de verificação de fatos. Trump respondeu com um decreto que ameaça reduzir algumas proteções legais usufruídas pelas empresas de mídia social. Depois, o Twitter marcou uma mensagem de Trump sobre os protestos de Minneapolis por considerar que "enaltece a violência".