Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 2,29%, a R$ 5,0925. Notas de dólar em casa de câmbio Hafidz Mubarak/Reuters O dólar opera instável nesta quinta-feira (4). Na véspera, a moeda fechou no menor patamar desde março, à espera do anúncio de mais medidas de auxílio na zona do euro. Às 11h36, a moeda tinha alta de 0,08%, a R$ 5,0964. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em queda de 2,29%, a R$ 5,0925, no menor patamar de fechamento desde 26 de março (R$ 4,9988). Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,0171. Na parcial da semana, o dólar passou a acumular queda de 4,57%. Em 2020, porém, a moeda ainda tem alta de 27%. s Cenário externo e interno No exterior, os investidores avaliam nesta quinta dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos – que mostraram a nona queda semanal seguida. Também no radar está a decisão do Banco Central Europeu de expandir seu programa de compras emergenciais para a pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 600 bilhões de euros, para um total de 1,35 trilhão de euros. Nos últimos dias, o movimento de enfraquecimento do dólar tem sido global. Passado o momento de maior nervosismo da crise, a forte injeção de liquidez de grandes bancos centrais combinado com a reabertura econômica passaram a exercer uma pressão baixista sobre o dólar, que foi o ativo mais demandado do mundo no auge da crise, em março. No cenário local, a notícia de emissão de dívida soberana no mercado internacional pelo Tesouro Nacional endossou leitura de que há demanda por ativos brasileiros, reforça o movimento de maior apetite por risco e de correção na taxa de câmbio. Governo anuncia emissão de US$ 3,5 bi em títulos da dívida externa Além disso, o fluxo cambial ao Brasil tem melhorado nas últimas semanas, com o aumento da oferta de dólar dando saída para investidores que buscam reduzir posições contrárias ao real, movimento que alimenta a perda de valor da moeda dos EUA, destaca a Reuters. Mercados financeiros sobem, apesar da crise mundial; Carlos Alberto Sardenberg explica Apesar da queda expressiva do dólar — que já perdeu muito terreno desde que ficou a poucos centavos de superar o patamar de R$ 6 no mês passado –, analistas não descartam a possibilidade de volatilidade daqui para frente diante das tensões políticas locais, entre o Executivo e o Judiciário, e nos EUA, em meio a protestos contra o racismo e a violência policial. Analistas observam ainda que uma recuperação definitiva do real ainda é incerta diante de riscos negativos como a possibilidade de uma segunda onda de contaminações por Covid-19 e embates do lado político. Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% no ano. Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar. Crise escancara desigualdade, e Brasil terá retomada lenta, dizem economistas Variação do dólar em 2020 Economia G1