Cantora fala ao G1 sobre disco recém-lançado, 'It Was Good Until It Wasn't'. 'Ser mãe me deixou bem mais paciente, me entendo melhor para transformar o que eu penso em música', diz ela. Kehlani ainda tenta se firmar no primeiro time da música pop, depois de um álbum elogiado pela imprensa americana ("SweetSexySavage", de 2017) e uma participação em reality show ("American's Got Talent", de 2011). No mês passado, a cantora californiana de 25 anos lançou "It Was Good Until It Wasn't", segundo disco dela, em busca dessa afirmação. "Fazer esse álbum me ajudou a tirar muita coisa que estava no meu coração, me ajudou a lidar com os meus sentimentos, com a minha vida. Eu fui gravando e percebendo que estou mais crescida, mais adulta", explica Kehlani ao G1. Capa do álbum 'It Was Good Until It Wasn't' Divulgação/Warner Uma novidade da vida pessoal que afetou a carreira foi o nascimento da primeira filha, Adeya, em 2019. "Ser mãe me deixou bem mais paciente e essa paciência também afetou o meu processo de criar música", conta Kehlani. "Eu agora consigo entender melhor as outras pessoas. Hoje também me entendo melhor para transformar o que eu penso em música." O segundo álbum de Kehlani também rendeu clipes, gravados na casa dela durante a quarentena por causa da pandemia da Covid-19. "Foi bem difícil de fazer. Eu tive que aprender como fazer direito um monte de coisas que eu nunca tinha feito. Eu nunca tinha dirigido, gravado eu mesma. Tudo é uma novidade", conta ela. Som bem pop, letras nem tanto O que não muda na carreira de Kehlani é o som bem comercial, colado no R&B (o rhythm e blues americano) e no hip hop. Mas a sonoridade contrasta com as letras, menos melosas e óbvias do que as que geralmente dominam as paradas. O novo álbum tem música sobre relacionamentos abertos, "Open (Passionate)", e várias cantando sobre o sexo de modo bem descritivo e direto. Há também uma letra para aqueles que, como ela, curtem ler o horóscopo todos os dias. "Water" tem versos sobre uma canceriana tímida, que é "pura água" no mapa astral. "Adoro ler sobre os signos, sempre levo em conta quando conheço alguém", diz Kehlani.