Comparado ao mesmo período do ano passado, o número caiu 48,4%. Carros usados de 9 a 11 anos passaram os novos em número de negociações. Loja de veículos Reprodução/TV TEM Os financiamentos de veículos no Brasil caíram 48,4% em maio, representando a maior queda histórica como efeito da pandemia do coronavírus, que obrigou a paralisação das atividades de fábricas e lojas. Os números foram divulgados pela B3 nesta quarta-feira (3). Emplacamentos de veículos crescem 12% em maio, diz Fenabrave Considerando veículos novos e usados, foram financiados 268.057 veículos, motos e pesados (caminhões e ônibus), contra 519.159 em maio de 2019. A maior queda ficou para os novos, de 63,6%. Os usados tiveram os financiamentos reduzidos em 38,9%. Entretanto, os números representaram um crescimento de 23,9% em relação a abril, quando 216.310 veículos foram financiados. A movimentação segue, naturalmente, a dos emplacamentos divulgados pela Fenabrave, com queda na comparação com 2019, mas recuperação ante o mês anterior. Usados são maioria Apesar de seguir a tendência de maior volume de financiamentos entre os usados, em maio essa participação cresceu para 72,9%. Entre todas as 268.057 unidades, 195.535 são de usados. Em abril, a fatia era de 66,7%. Os números só se invertem nas motos, que têm em sua maioria o financiamento entre as zero quilômetro: 63,9%. Ou seja, 22.792 motos entre 35.646. Marcas de carro apostam em lojas nas redes sociais para vender na pandemia Entre os automóveis, foram 215.042 unidades no mês, sendo 173.110 usados (80,5%). Nos pesados os números são mais equilibrados. Dos 16.612 exemplares, 9.007 são usados, ou seja, 54,2%. Ainda nos carros, os "usados maduros" (de 9 a 11 anos de uso) cresceram e passarem a ficar em segundo lugar entre os mais financiados, atrás apenas dos "usados jovens" (de 4 a 8 anos de uso). Os "velhinhos" (mais de 12 anos) continuam sendo os menos procurados. Modalidades e prazo médio Segundo os resultados da B3, a modalidade de leasing despencou em maio, também na comparação com o mesmo período de 2019. O número de financiamentos deste tipo caiu 88,8%, de 2.943 para apenas 331, ficando com uma participação de 0,1%. Em relação a abril, houve crescimento de 28,8%. As modalidades de CDC e consórcio também tiveram quedas naturais, como efeito da queda do mercado, mas só os consórcios registraram baixa também quando comparado a abril. O prazo médio dos financiamentos cresceu contra 2019, de 42,7 meses para 44,5 meses. Assim como no ano passado, o maior prazo foi observado entre os automóveis seminovos (de até 3 anos de uso), com 46,6 meses.