Investidores também monitoraram um possível aumento nas tensões entre Estados Unidos e China. As ações dos Estados Unidos registraram ganhos nesta segunda-feira (1), com sinais de recuperação econômica dos EUA ajudando a compensar o nervosismo em torno da crescente e violenta agitação social que ocorre no país em meio à pandemia e ao aumento das tensões EUA-China.
Todos os três principais índices de ações começaram o mês com ganhos inferiores a 1%, após forte alta de maio.
O Dow Jones subiu 0,36%, para 25.475,02 pontos, o S&P 500 valorizou 0,38%, para 3.055,73 pontos e o Nasdaq Composite avançou 0,66%, para 9.552,05 pontos.
Os líderes do mercado Facebook Inc, Apple e Amazon.com forneceram o maior aumento para o S&P 500 e o Nasdaq, enquanto a Boeing deu ao Dow o seu maior impulso.
"Certamente o ritmo da recuperação do mercado de ações não pode continuar no ritmo que tem sido", disse Paul Nolte, gestor de portfólio da Kingsview Asset Management em Chicago. "Estou surpreso com o desempenho do mercado."
A Casa Branca pediu "lei e ordem" após seis noites de manifestações violentas e generalizadas desencadeadas pela morte de George Floyd, sob custódia policial, mesmo quando o país cambaleia com os efeitos econômicos das paralisações relacionadas à pandemia.
EUA têm sétimo dia de protestos antirrascistas
"A maioria dos investidores está dizendo que (os protestos) não vão destruir a economia", acrescentou Nolte. "É um obstáculo, mas não é tão grande quanto uma pandemia."
A agitação levou varejistas como a Target Corp e Walmart Inc a fecharem uma parte de suas lojas, enquanto a Amazon.com tem reduzido as entregas.
Pesando ainda mais sobre o sentimento, a China ordenou que as empresas estatais interrompessem as compras de soja e de carne de porco dos EUA em retaliação ao anúncio do presidente Donald Trump de que ele irá encerrar o tratamento especial para Hong Kong após a decisão da China de reforçar as medidas de segurança no território.
Um retrato mais completo dos danos econômicos causados pelas paralisações relacionadas à pandemia é esperado para sexta-feira, quando o relatório de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA deve mostrar o desemprego disparando para 19,7%.