O volume inclui novas contratações, renovações e suspensão de parcelas de operações vigentes. As concessões de crédito totalizaram R$ 914,2 bilhões no período que vai do início de março ao dia 22 de maio, segundo a Febraban. O volume inclui novas contratações, renovações e suspensão de parcelas de operações vigentes.
O número referente ao mês de maio considera apenas operações de crédito com recursos livres, e soma R$ 222,1 bilhões.
Desde o início de março, os bancos prorrogaram parcelas de 9,7 milhões de contratos de pessoas físicas e jurídicas com pagamento em dia, com saldo devedor total de R$ 550,1 bilhões e R$ 61,5 bilhões em prestações suspensas. Os prazos de carência vão de 60 a 180 dias, dependendo da instituição financeira e da modalidade.
A Febraban destacou ainda que as taxas de juros e os spreads têm caído no Brasil desde o início da pandemia.
A taxa de juros média das operações de crédito era de 21,5% ao ano no fim de abril, um recuo de 1,6 ponto percentual em relação a fevereiro, antes do início da pandemia. No caso das linhas com recursos livres, a redução foi de 2,9 pontos percentuais, para 34,2% ao ano.
A queda acompanhou a compressão do spread, que recuou 1,4 ponto percentual em fevereiro se considerado o conjunto total das operações, para 18,6% ao ano. Se olhadas as operações com recursos livres, o recuo foi de 2,8 pontos, para 28,9% ao ano.
“As ações do setor bancário, desde o início da fase mais intensa da crise econômica decorrente da pandemia se traduziram em medidas concretas de alívio financeiro para ajudar o país a enfrentar a crise, a passar por ela e a retomar mais à frente a trajetória de crescimento interrompida pela crise. Fizemos concessões de quase R$ 1 trilhão em crédito, incluindo recursos novos, renovações e postergação de parcelas, com taxas de juros e spreads menores do que os tínhamos antes do início da crise, conforme notas de crédito de março e abril do Banco Central”, disse, em nota ao Valor, o presidente da Febraban, Isaac Sidney Ferreira.