Dono do Manja Gastronomia, Pedro Roxo, montou um sistema próprio de entregas e lançou um financiamento coletivo para estruturar cursos online de gastronomia. Dono de Buffet cria novas estratégias de negócio para sobrevir na pandemia Para conseguir ter alguma receita em caixa durante a pandemia, o buffet Manja Gastronomia, na zona oeste de São Paulo, decidiu implementar um sistema próprio de entregas de refeições diárias e/ou semanais para os seus clientes e pessoas indicadas por eles. O sócio-fundador do buffet, Pedro Roxo, diz que o faturamento da nova operação "não chega nem perto" das vendas de eventos e consultorias feitas antes do isolamento social, mas que, pelo menos, tem ajudado a "diminuir o prejuízo" e a "manter a cabeça funcionando". "Mesmo com as novas vendas, ainda estamos usando a nossa reserva financeira", diz Pedro. O G1 está acompanhando as histórias de empreendedores que estão tentando sobreviver à crise provocada pela pandemia do coronavírus e pelo fechamento dos negócios necessário para conter a disseminação da doença. Veja aqui o que os mesmos empresários contaram em abril; e os novos depoimentos este mês: 'Palavra de ordem agora é sobreviver', diz dona de rede de lavanderias no Rio ‘Estou sem perspectiva nenhuma’, diz dono de bar fechado no Rio diante da pandemia Mesmo com delivery e 'barricada', bar faz empréstimo pela 1ª vez para conseguir sobreviver à crise 'Tivemos de reinventar nossos negócios', diz sócio de bar e escritório prejudicado pelo coronavírus 'Vamos sobreviver com muita dificuldade e muito esforço', diz empresário afetado pela crise Alternativas Na primeira vez em que o G1 conversou o dono do Manja, ele ainda estudava o delivery e a criação de aulas online de culinária. Desde o início da pandemia do coronavírus, o buffet teve que interromper as suas atividades. Do dia 15 de março para a frente todos os eventos foram cancelados. Pedro levou um mês para conseguir estruturar uma estratégia. Na semana do dia 13 de abril, ele e seu sócio retomaram as atividades com um sistema próprio de entrega de refeições. "Não optamos por aplicativos de entrega por diversas razões. Primeiro porque eles cobram uma taxa muito alta sobre as vendas. Segundo porque queremos ter o controle da higienização, de como essa entrega vai chegar para o cliente. Além disso, a taxa de entrega fica 100% para os motoboys. Nos aplicativos não são assim", diz Pedro. A única funcionária CLT da empresa, uma cozinheira, permanece empregada atuando na produção das refeições. "Estamos fazendo pratos frescos, saladas, trabalhando com orgânicos. Toda sexta-feira fazemos poke com peixe fresco. E o meu sócio tem feito pães e doces, mais a parte de panificação e confeitaria". Já para custear a montagem das aulas online de culinária, Pedro lançou uma campanha de financiamento coletiva na internet, um crowdfunding. "Para transformar isso em ensino à distância tem um custo. E, nesse momento de pandemia, fica difícil arcar com esse custo. Então, a solução que eu achei foi o financiamento coletivo". Imagem de bancada enquanto o buffet ainda estava aberto Divulgação/Manja Gastronomia