Violinista francês Renaud Capuçon se apresentou em auditório vazio: 'Muito contente em poder tocar novamente após o longo período quando tudo estava fechado. É um verdadeiro renascimento'. Vazia, a sala Pierre Boulez, em Paris, recebe concerto do violinista Renaud Capucon, após reabertura gradual da França REUTERS/Benoit Tessier Renaud Capuçon, um violinista francês acostumado a tocar para mais de 2 mil pessoas, se apresentou nesta quinta-feira (28) diante de um auditório completamente vazio, mas afirmou que a experiência não foi pior por conta disso. "É como um retorno à vida", disse o músico sobre sua performance, sua primeira no auditório da Filarmônica de Paris desde que a epidemia de Covid-19 forçou o cancelamento de todos os concertos em março. "Estamos todos muito contentes em poder tocar novamente após o longo período quando tudo estava fechado. É um verdadeiro renascimento", afirmou. Capuçon e sua orquestra de cordas de 23 pessoas executaram a peça "Metamorphosen", do compositor alemão Richard Strauss. O auditório, que pode acomodar até 2.400 pessoas, estava vazio, a não ser por dois membros da equipe que usavam máscaras cirúrgicas — cumprindo a ordem do governo francês que proíbe aglomerações e que ainda está em vigência mesmo com o afrouxamento de outras restrições. Os membros da orquestra não precisaram usar máscaras, mas tiveram de se sentar a pelo menos um metro de distância um do outro no palco. O público era virtual: pessoas assistiram e ouviram de casa, via transmissão ao vivo pelo website do auditório. Violinista Renaud Capucon e músicos se apresentam na sala Pierre Boulez vazia em retomada de atividades na França após lockdown para conter coronavírus REUTERS/Benoit Tessier Dois membros da equipe usam máscaras cirúrgicas durante transmissão de concerto do violinista Renaud Capucon REUTERS/Benoit Tessier Vazia, a sala Pierre Boulez, em Paris, recebe concerto do violinista Renaud Capucon, após reabertura gradual da França REUTERS/Benoit Tessier