Artista recicla músicas em série de singles criados como alternativa para o álbum autoral que o cantor iria gravar nos Estados Unidos com composições inéditas. ♪ Em 1995, João Marcelo Bôscoli gravou disco como produtor musical. João Marcelo Bôscoli & Cia. foi álbum concebido, produzido e assinado pelo filho de Elis Regina (1945 – 1982) e Ronaldo Bôscoli (1928 – 1994), mas os intérpretes foram basicamente o meio-irmão Pedro Mariano e o amigo Wilson Simoninha, ambos debutantes nas respectivas carreiras de cantores, além do padrinho Milton Nascimento, parceiro e convidado de Bôscoli na gravação de Começo. O disco apresentou o elenco que seria o núcleo-base da Trama, gravadora fundada em 1998 tendo João Marcelo como um dos sócios. Uma das músicas cantadas por Simoninha no disco de João Marcelo era Carnaval e réveillon (Viagens), composição do também estreante Max de Castro. Decorridos 25 anos, Simoninha reapresenta Carnaval e réveillon em série de singles intitulada Na minha quarentena eu canto assim. O single com a nova abordagem da música de Max de Castro por Simoninha está programado para ser lançado em 8 de junho. Uma semana antes, em 1º de junho, o cantor de origem carioca arremessa o single com a regravação de Minha música, composição autoral apresentada pelo artista em 2017. Alternativa para o álbum autoral com músicas inéditas que Simoninha planejava gravar na Califórnia (EUA) neste ano de 2020, disco que precisou ser adiado por causa da pandemia do covid-19, a série de singles Na minha quarentena eu canto assim foi iniciada na segunda-feira, 25 de maio, com a regravação de Moro no fim da rua. Composição de Luis Wagner e Tom Gomes, Moro no fim da rua foi lançada na voz do cantor Wilson Simonal (1938 – 2000), pai de Simoninha, em álbum de 1970 no qual Simonal tentou reforçar elo com a então florescente soul music brasileira. Editados pela gravadora S de Samba com distribuição da Ditto Music, os singles da série de Wilson Simoninha estão ganhando forma sem quebrar o isolamento social na feitura das gravações inéditas. “Coloco a voz da minha casa e os músicos e produtores também atuam remotamente. Quero mostrar simplicidade como verdade, para fazer registro fiel ao momento que estamos vivendo. Estou me adaptando e acho que o momento é de descobertas”, justifica o artista.