MAGAZINE LUIZA: a expectativa é que o investimento contínuo no digital resulte em um crescimento de 45% nas vendas online no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior (Germano Luders/EXAME)
A varejista Magazine Luiza teve forte aceleração das vendas desde abril, com seu braço de comércio eletrônico crescendo fortemente e compensando com sobras o fechamento de lojas físicas devido às medidas de isolamento social para conter a pandemia do coronavírus.
O grupo especializado na venda de eletrodomésticos, móveis e eletrônicos informou nesta segunda-feira que, após um impacto negativo em meados de março, quando as medidas de isolamento começaram, suas vendas totais em abril subiram 7% no comparativo anual, acelerando que acelerou para 46% em maio até dia 20.
“Os efeitos dessa nova realidade já se mostraram no resultado final do primeiro trimestre. E devem ter impacto ainda maior no segundo”, afirmou a companhia no relatório.
A companhia teve prejuízo ajustado de 8 milhões de reais no primeiro trimestre, ante lucro de 125,6 milhões de reais em igual etapa de 2019, refletindo sobretudo o fechamento total de suas lojas físicas, que deixaram de vender o equivalente a 500 milhões de reais na segunda metade de março, estimou a empresa.
De todo modo, a receita líquida total do Magazine Luiza evoluiu 20,9% no primeiro trimestre, no comparativo anual, para 5,2 bilhões de reais.
E o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 273,9 milhões de reais, queda de 29%. A margem Ebitda caiu 3,7 pontos percentuais, para 5,2%.
Em termos líquidos, incluindo efeitos não recorrentes, a empresa teve lucro de 30,8 milhões de reais, queda de 76,7%, enquanto o Ebitda declinou 15,9%, a 332,6 milhões de reais.
A varejista agregou ter tomado medidas para fortalecer sua posição de liquidez diante dos efeitos da pandemia e fechou março com caixa líquido 3,8 bilhões de reais, ante 1,4 bilhão de reais 12 meses antes.