De acordo com Renata de Mello Franco, Economista da FGV IBRE, o resultado é reflexo de um cenário atípico de deflação de alguns dos principais itens e da expectativa do mercado de valores cada vez menores para a inflação oficial. Consumo; consumidor; compras; gastos; supermercado; comércio Divulgação/PortalIbre A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses recuou 0,3 ponto percentual em maio, para 4,8%, retornando ao valor mínimo da série histórica. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,6 ponto percentual. De acordo com Renata de Mello Franco, Economista da FGV IBRE, o resultado é reflexo de um cenário atípico de deflação de alguns dos principais itens e da expectativa do mercado de valores cada vez menores para a inflação oficial. "No entanto, nesses tempos de crise, as famílias têm concentrado seus gastos em itens de maior necessidade, por exemplo os alimentos, cuja inflação tem permanecido significativamente acima do IPCA, fazendo com que as perspectivas para os próximos meses sejam de uma inflação muito acima da projetada pelo mercado”, afirma Renata. Em maio, 10,8% dos consumidores projetaram valores abaixo do limite inferior da meta de inflação (2,5%), a maior parcela desde julho de 2018 (14,0%), quando o limite inferior da meta de inflação era 3,0%. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) para 2020 diminuiu de 35,9% para 32,1%. Na análise por faixas de renda, todas as famílias diminuíram suas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes. Para as famílias com renda até R$ 2,1 mil, houve queda de 6,2% para 5,8%, enquanto para as famílias com renda acima de R$ 9,6 mil, suas expectativas retornaram ao patamar mínimo histórico (4,0%).