Ao G1, cantora explica escolha do repertório e comenta segunda edição do 'Karaokê da Pri', após pedido dos fãs. 'Tem sido uma saída, um refúgio pra gente. Eu amo performance ao vivo.' A live que Priscilla Alcantara fez no início deste mês começou com dose dupla de Sandy & Junior e passou por RBD, Rouge, Calypso, Los Hermanos e Spice Girls. Rolaram temas da TV ("Friends", "As Visões de Raven"), "Evidências" e Charlie Brown Jr. O pop das divas foi lembrado com Rihanna, Adele, Beyoncé e Miley. A segunda edição do "Karaokê da Pri", ainda sem data marcada, deve ter pegada parecida. Há espaço para o pop cristão, mas também para essas covers variadas, em arranjos que buscam um ar mais classudo, refinado. Deram certo. Ela teve pico de 130 mil fãs simultâneos e mais de 2 milhões de views somados. "Escolhi músicas que carregassem uma mensagem que fosse positiva, que trouxessem bons sentimentos pra galera. Muitas vezes, a nostalgia promove um momento alegre", explica a cantora ao G1 (veja trechos de entrevista no podcast abaixo). "Na hora de escolher as músicas, escolho o filtro que eu sempre uso para poder analisar a arte que eu quero consumir. Vem a partir de um princípio filosófico sobre o bom, o belo e o verdadeiro." Priscilla tem 23 anos e foi revelada aos nove como apresentadora do programa infantil "Bom Dia & Companhia", do SBT. Desde 2009, investe no pop de letras com mensagens positivas. Ela diz que busca essas características também nos filmes e livros. O Pai tá on-line: Lives de Anitta, Luan, Latino e Gusttavo Lima são tomadas por reza e música gospel O G1 também perguntou sobre a presença de músicas religiosas nas lives de artistas que não tem uma carreira voltada à música gospel. Ela mais uma vez diz que essa tendência tem a ver com liberdade. Para ela, ver artistas como Anitta, Belo, Gusttavo Lima e Luan Santana cantando hinos de louvor em suas lives "traz um conforto". "A liberdade deixa as pessoas mais confortáveis para cantar uma música religiosa, fazer uma live religiosa, um álbum religioso, mesmo você não sendo conhecido como a tal pessoa religiosa", explica ela. "Vejo que tem sido uma via de mão dupla. Um artista que geralmente só grava música gospel também tem se sentido livre para poder escrever e cantar coisas sobre outros temas, fugindo da temática religiosa." Priscilla Alcântara em show da Virada Cultural, em São Paulo, em 2019 Fábio Tito/G1 Priscila opinou ainda por que as pessoas parecem estar ouvindo e cantando mais músicas com letras sobre fé e oração durante a pandemia do coronavírus. "É natural a gente recorrer a fontes de esperança, paz e amor, porque são elementos que a gente reconhece que está precisando naquele momento e estão em falta. Por isso que em momentos como esse talvez é que a galera recorra a mensagens que não alimentem só o seu entretenimento. Mas que também alimentem a alma." Priscilla Alcantara canta sobre Deus, mas rejeita ser gospel e diz que parte do fã-clube de Jesus 'dá umas mancadas' Priscilla Alcantara rejeita o rótulo gospel e mostra processo criativo A cantora ainda não começou a planejar oficialmente uma segunda live, mas é questão de tempo. "É uma coisa que os fãs estão pedindo muito. Então, eu estou cogitando, sim." "Eu que faço performance ao vivo, que costumava estar no palco toda semana… Essa tem sido uma saída, um refúgio pra gente", diz, sobre o formato que deu tão certo no Brasil. "Eu amo performance ao vivo, é um ambiente em que eu consigo me desafiar muito mais do que dentro de um estúdio. Eu acho que o ao vivo puxa coisas do nosso talento, das nossas habilidades que só o palco consegue extrair." Priscilla diz que a live tem sido uma boa ferramenta. "Mas nada pode substituir o palco, estar com o público, a energia, mas de acordo com as circunstâncias acho que pode ser uma saída."