Na segunda-feira, moeda norte-americana fechou em queda de 2,09%, a R$ 5,7166. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar opera com pequenas variações nesta terça-feira (19), com as preocupações sobre os impactos da pandemia de coronavírus impondo cautela e as incertezas políticas domésticas permanecendo no radar dos agentes do mercado. Às 14h58, a moeda norte-americana subia 0,26%, a R$ 5,7313. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 5,6842. Veja mais cotações. Na segunda-feira, o dólar encerrou o dia em baixa de 2,09%, a R$ 5,7166. No mês, a alta chegou a 5,09%, e no ano, a 42,57%. Se aproximando de R$ 6, até onde vai o dólar? Brasileiros correm para vender dólaapós disparada da moeda o Feriados Na manhã desta terça, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, publicou o decreto que adianta os feriados de Corpus Christi e Consciência Negra para quarta e quinta. A medida tenta criar um “feriadão” de até seis dias para ajudar no isolamento da cidade e, assim, ajudar a conter o alastramento da Covid-19. Em âmbito estadual, o governador João Doria, também do PSDB, tenta aprovar a antecipação do 9 de julho para a próxima segunda-feira, 25. O Banco Central divulgou comunicado no qual diz que o feriado de Corpus Christi para efeitos de operações praticadas no mercado financeiro ocorrerá 11 de junho de 2020. Instituições financeiras brasileiras, entre elas os maiores bancos do país e a B3, afirmaram que receberam com "grande preocupação" o projeto de lei e pediram em carta que os órgãos integrantes do sistema financeiro nacional fiquem fora dos efeitos da antecipação dos feriados. A B3 decidiu manter todas as suas atividades de negociação, registro, custódia, compensação e liquidação de operações, em horários regulares, nos dias 20, 21, 22 e 25 de maio. "Não haverá, no mercado de bolsa, negociação e liquidação no dia 11/06/2020, ficando mantido o calendário original anual, mesmo tendo havido antecipação de feriado em São Paulo", informou. Cena local e externa As operações domésticas falhavam em captar o bom humor dos mercados externos, ainda embalados por esperanças de progressos em estudos para vacinas contra o Covid-19 e de reabertura de economias em Estados nos EUA e em outros países. Analistas têm citado que a falta de perspectiva sobre o fim da pandemia no Brasil tem pressionado os mercados domésticos. E "ainda há preocupação com uma segunda onda de contágio da doença em países que estão em processo de abertura da economia", disse em nota a XP Investimentos Na vépera, os analistas do mercado pioraram na véspera a projeção de queda do PIB do Brasil em 2020 para um tombo de 5,12%, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Apesar da nova queda, a previsão do mercado para a contração do PIB brasileiro em 2020 ainda está abaixo da divulgada pelo Banco Mundial, que estima um tombo de 5%, e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê queda de 5,3%. Os investidores seguem atentos também à trama política local, à espera da decisão de Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o levantamento de sigilo de vídeo que poderia comprometer o presidente Jair Bolsonaro. Segundo analistas, as tensões políticas em Brasília — que se somam a ambiente de juros baixos e crescimento fraco — contribuem para a volatilidade no mercado de câmbio. "Não conseguimos traçar uma tendência clara para a moeda", uma vez que o noticiário e o apetite por risco global oscila a cada dia, disse à Reuters Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, acrescentando que vê pressão de alta no dólar no curto prazo. Falta de política clara para conter pandemia atrasa retomada da economia, dizem empresários Pequenos empresários enfrentam dificuldade para terem acesso à créditos do governo Dólar – 18.05.2020 Economia G1