Com as medidas de isolamento, recomendadas para superação da pandemia, consumidor parou ou reduziu suas compras, informou a entidade. Com a crise do coronavírus, a produção, o emprego e o faturamento do setor industrial caíram em março, na comparação com o mês anterior, apontou levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As horas trabalhadas na produção, indicador do nível de atividade, caíram 1,8% em março.
O faturamento despencou 4,8%
O emprego industrial registrou queda de 0,7%.
Ainda segundo a CNI, as medidas de isolamento social, recomendadas para o combate ao vírus, reduziram o consumo dos produtos fabricados pelas indústrias.
"Em resposta à queda do faturamento as empresas reduziram o ritmo de operação, levando à queda das horas trabalhadas e, consequentemente, da utilização da capacidade instalada", acrescentou.
A utilização da capacidade instalada, ou seja, o nível de uso do parque fabril, caiu 2,5 pontos percentuais em março, para 76%, o que é o segundo menor valor da série, só superando os 75,9% registrados em maio de 2018, durante a paralisação dos caminhoneiros.
Varejo recua em março e amarga perdas com indústria e serviços
A queda no emprego industrial em março, por sua vez, foi a maior da série histórica desde janeiro de 2016 – quando o recuo foi de 0,8%. Na comparação com março de 2019, o recuo foi de 1,7%.
"O aumento das demissões e o consequente pagamento das verbas rescisórias impactaram as despesas com folha de pagamento. Massa salarial e rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria cresceram, respectivamente, 2,2% e 5,9%", acrescentou a CNI.
No acumulado do primeiro trimestre, informou a entidade, o faturamento industrial registrou alta de 1,4%, as horas trabalhadas na produção recuaram 1,2% e o emprego industrial caiu 0,8%.
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