No dia anterior, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,59%, a 79.010 pontos. Painel da B3 – Bovespa Nelson Almeida/ AFP O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, passou a operar em queda após oscilar na manhã desta sexta-feira (15), após o pedido de demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, e com investidores digerindo uma bateria de resultados corporativos, incluindo prejuízo histórico da Petrobras. Às 13h42, o Ibovespa caía 0,95%, a 78.257 pontos. Veja mais cotações. As ações da Petrobras eram destaque de alta, subindo mais de 2%. A empresa divulgou na véspera um prejuízo de R$ 48,5 bilhões – que foi, no entanto, recebido bem pelo mercado, graças ao saldo de caixa de US$ 15,5 bilhões e à renegociação de contratos com fornecedores. Na quinta-feira, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,59%, a 79.010 pontos. No ano, a bolsa ainda acumula queda de 31,69%. No mês passado, o Ibovespa acumulou valorização de 10,25%. Miriam Leitão: ‘PIB de 4,7% é a maior recessão da história brasileira em 120 anos' Cenário externo e local As bolsas da China recuaram nesta sexta-feira, encerrando sua pior semana desde março em meio a preocupações sobre o crescimento econômico, consumo fraco e atritos comerciais entre Estados Unidos e China. O consumo da China permaneceu fraco e as vendas no varejo caíram 7,5% em abril, mesmo depois que a produção industrial superou as estimativas e subiu pela primeira vez em 2020. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não tem interesse em falar com o presidente chinês, Xi Jinping, no momento, e sugeriu que poderia até mesmo cortar laços com a segunda maior economia do mundo. As vendas no varejo dos Estados Unidos sofreram um segundo mês consecutivo de queda recorde em abril à medida que a pandemia de novo coronavírus manteve os norte-americanos em casa, colocando a economia no caminho para sua maior contração desde a Grande Depressão no segundo trimestre. Entre as principais preocupações dos investidores estão a perspectiva de que a recuperação econômica global não acontecerá no ritmo esperado, novos focos de coronavírus e os ataques de Donald Trump contra a China. Os mercados de ações globais caíram este mês após uma sólida recuperação em abril por temores sobre um possível ressurgimento dos casos de Covid-19 à medida que as economias relaxam os isolamentos. "O mercado está dividido entre estímulos, novas infecções e dados econômicos", disse Keith Temperton, da Tavira Securities. "Os dados são ruins, mas o estímulo está superando-os por enquanto. Mas não imagino que isso vá durar." Cenário interno Por volta do meio-dia, o mercado foi surpreendido com o anúncio do Ministério da Saúde de que Teich pediu demissão, menos de um mês após assumir o cargo em 17 de abril. O Ibovespa renovou mínimas da sessão após a notícia. Os riscos fiscais e os ruídos políticos também seguem sendo monitorados pelos investidores. A economia registrou retração de 1,95% no primeiro trimestre de 2020, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira. "Evidentemente, o indicador reflete a primeira parte da retração da economia em consequência as medidas de isolamento social implementadas desde meados de março. Esperamos continuidade do movimento na próxima leitura", afirmou Felipe Sichel, estrategista-chefe do modalmais. Pesquisa divulgada nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego aumentou em 12 estados no 1º trimestre e se manteve estável nos demais, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. Além disso, 3,1 milhões de brasileiros, ou 23,9% do total desempregados, buscavam trabalho há pelo menos 2 anos. No trimestre encerrado em dezembro, eram 2,9 milhões nessa situação. Ibovespa – 14.05.2020 Economia G1 Initial plugin text CORONAVÍRUS×