Enquanto o país registrou deflação histórica, índice na Região Metropolitana do Rio foi de 0,18%, puxado pelos preços das passagens aéreas e reajuste nas contas de luz. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro registrou o maior índice de inflação em abril, indo na contramão do país, que teve deflação histórica em meio à pandemia do novo coronavírus. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, apenas a do Rio e a de Aracaju – sendo maior a da fluminense – registraram variação positiva no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.
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Apesar da variação positiva, na passagem de março para abril o indicador desacelerou na Região Metropolitana do Rio – foi de 0,46% em março.
De acordo com o IBGE, a inflação do Rio foi puxada pelo aumento médio de 15,83% nas passagens aéreas e pela alta de 1,33% na tarifa de energia elétrica.
Em março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia autorizado reajuste de 6,21% nas tarifas da Light, concessionária que atende a 32 municípios do Rio de Janeiro.
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Os preços dos alimentos também ajudaram a puxar a inflação na Região Metropolitana do Rio em abril. Segundo o IBGE, a alta foi de 1,57%, abaixo da média nacional que foi de 1,79%.
No ano, a Região Metropolitana do Rio acumula alta de 0,68%, bem acima da média nacional, que foi de 0,22%. Já em 12 meses o IPCA acumulou alta de 2,43% no Rio, ante 2,40% da média nacional.
Menor queda de preço da gasolina
Segundo o IBGE, a deflação do país foi puxada pela queda de 9,31% do preço da gasolina, que teve deflação em todas as regiões pesquisadas. A Região Metropolitana do Rio foi a que registrou a menor queda, de 5,13% – em Curitiba, onde houve a maior queda no preço da gasolina, o recuo foi de 13,51%.