Queda mensal de 9,2% é declínio mais rápido desde que os registros atuais começaram em 1991. A produção industrial alemã despencou 9,2% em março, seu declínio mais rápido desde que os registros atuais começaram em 1991, mostraram dados nesta quinta-feira, à medida que a pandemia de coronavírus reduz a demanda por produtos da maior economia da Europa.
A indústria automobilística, que era o maior setor exportador da Alemanha e empregava mais de 800 mil pessoas antes do surto, desabou 31,1% no mês.
Analistas disseram que o pior ainda está por vir. Andreas Scheuerle, do DekaBank, disse que a notícia é apenas "a abertura das cortinas para o show de horror".
As expectativas em uma pesquisa da Reuters eram de uma queda de 7,5%.
Uma análise dos dados mostrou que a manufatura dependente de exportação foi mais afetada pela queda na demanda, recuando 11,6%, incluindo uma perda de 16,5% nos bens de capital.
Números publicados na quarta-feira haviam mostrado que os pedidos de produtos industriais alemães despencaram 15,6% em março, para o nível mais baixo desde que os registros começaram, em 1991.
A construção ofereceu o único vislumbre de esperança. A atividade no setor aumentou quase 2%, mostraram os dados.
Os dados refletiram o impacto das restrições impostas pela Alemanha em meados de março para retardar a propagação do coronavírus. Até agora, o país resistiu melhor à pandemia do que os Estados Unidos e a maioria de seus vizinhos europeus.
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