O contrato do petróleo Brent para julho caiu 4,03%, a US$ 29,72 por barril, e o do WTI para junho recuou 2,32%, a US$ 23,99 por barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira (6), interrompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas de ganhos com os investidores receosos com a lenta recuperação da demanda pela commodity. O contrato do petróleo Brent para julho fechou em queda de 4,03%, a US$ 29,72 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para junho recuou 2,32%, a US$ 23,99 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Fábrica de refino de petróleo no Texas nesta segunda-feira (20) Mark Felix/AFP Ambas as referências tentaram estender a sequência de ganhos no começo da sessão desta quarta, com o Brent chegando a superar a marca dos US$ 30. Mas o petróleo devolveu os ganhos de 2% vistos durante a manhã depois que os dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicaram um aumento de 4,59 milhões de barris nos estoques americanos de petróleo, a 532,221 milhões. Os preços foram impulsionados nos últimos dias pela perspectiva de que a reabertura de economias na Europa e em Estados importantes dos EUA ajudariam na retomada gradual da demanda. Analistas da Enverus, no Texas, dizem que a diminuição no ritmo de crescimento dos estoques nos EUA é positiva e reflete os cortes de produção da Opep e dos EUA, "mas ainda há muito trabalho a ser feito do lado da demanda". Analistas alertam que, apesar da perspectiva de reabertura gradual das economias e dos cortes da Opep+ que entraram em vigência neste mês, o cenário ainda é incerto para os preços do petróleo. “Obviamente, o contrato do WTI para junho ainda vai expirar somente em algumas semanas e o armazenamento não está longe da capacidade. Essas medidas foram animadoras, mas ainda podem haver mais alguns fogos de artifício, a menos que vejamos evidências de que os superávits de curto prazo estão diminuindo.O API [Instituto Americano do Petróleo] não forneceu os dados ontem, então será interessante ver se o governo americano oferece boas notícias hoje”, disse Craig Erlam, analista sênior da corretora Oanda.