Banco reservou R$ 2,04 bilhões para cobrir potenciais perdas com devedores duvidosos. Um homem passa por uma agência do Banco do Brasil na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo Marcelo Brandt/G1 O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no 1º trimestre. O resultado representa uma queda de 20% na comparação com os 3 primeiros meses do ano passado (R$ 4 bilhões). Ante o quarto trimestre, a queda foi de 43,7%. Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 3,4 bilhões no período entre janeiro e março, valor 20,1% menor se comparado ao mesmo período de 2018. Segundo o banco, o resultado foi impactado pelo reforço para despesas com provisão para devedores duvidosos, no valor de R$ 2,04 bilhões no trimestre, sendo: R$ 1,17 bilhão no segmento pessoa física, R$ 824 milhões no segmento pessoa jurídica e R$ 46 milhões no agronegócio. As despesas totais com provisões para créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 5,539 bilhões no 1º trimestre, com alta de 63,3% no ano e de 57,1% no trimestre. As receitas de tarifa aumentaram 4% no ano, a R$ 7,067 bilhões no trimestre encerrado em março. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 7,770 bilhões, uma alta de 2,7%. O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, recuou para 12,5%, ante 16,8% no 1º trimestre de 2019 e 17,7% no final do ano passado. O BB também suspendeu suas projeções para 2020, citando o "ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que tem exigido atualizações frequentes de cenários e de premissas, dificultando a construção de estimativas acuradas". Carteira de crédito cresce 4,2% A carteira de crédito totalizou R$ 619 bilhões, alta de 4,2% (+R$ 24,5 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. A carteira de crédito negócios varejo cresceu 10,5%, com destaque para as linhas de crédito consignado (+R$ 11,9 bilhões) e dos negócios com clientes de micro e pequenas empresas (+R$ 7,1 bilhões). Já a carteira rural apresentou desempenho teve avanço de 2,5% (+R$ 4,3 bilhões). O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,17% no final de março e mostrou leve redução frente a dezembro (3,27%). Há 1 ano, porém, estava em 2,58%. Lucro da concorrência O banco Itaú reportou lucro líquido contábil de R$ 3,401 bilhões, queda de 49,3% na comparação com o 1º trimestre do ano passado. O Bradesco teve lucro líquido contábil de R$ 3,382 bilhões, uma queda de 41,9% em relação ao mesmo período de 2019. Já o Santander Brasil registrou lucro de R$ 3,7 bilhões no 1º trimestre, uma alta de 10,5%.