TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde lideram as contratações de profissionais temporários e terceiros, aponta Page Interim. Profissionais de TI têm alta demanda Reprodução/TV Cabo Branco O movimento de contratações de terceiros e temporários aumentou em diferentes setores em decorrência da pandemia do novo coronavírus, segundo levantamento da Page Interim, consultoria especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários. Os setores de TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde lideram a procura por profissionais. Veja vagas de emprego pelo país De acordo com Maíra Campos, diretora da Page Interim, apesar da instabilidade econômica atual, há mudança de estratégia de diversas empresas, que acompanham a complexidade do cenário proporcionado pela pandemia. "A adaptação às novas demandas e a digitalização dos negócios é uma necessidade cada vez mais evidente. Também encontramos diversos desafios de estabilização de operações, reajustes de departamentos e a busca por reduções de custos significativos, que variam de acordo com as especificações das empresas", conta. Para a executiva, o investimento em novos cursos e tecnologias é uma boa alternativa para reforçar funções e aprendizados tradicionais e oferecer diferenciais às empresas que estão contratando. Confira abaixo os cargos apontados pelo Page Interim como os mais demandados por área para contratações de terceiros e temporários: TI Cargo: analista de infraestrutura O que faz: trabalha principalmente com o suporte a planejamento, seleção e manutenção de softwares, hardware e redes; também em suporte técnico, resolvendo chamados de instalação, configuração e solucionando as principais dúvidas da operação. Média salarial: R$ 4 mil a R$ 5,5 mil Motivo para a alta: as emergentes necessidades de home office impulsionaram o aumento da demanda de profissionais para prestar suporte ao processo de migração. Conhecimentos adicionais em tecnologias cloud e de trabalho colaborativo também têm sido valorizados frente às adaptações ao trabalho remoto. Cargo: Desenvolvedor web O que faz: desenvolvedores generalistas para ambiente web têm ganhado importância pela adaptabilidade a diferentes linguagens e necessidades, realizando entregas com alta qualidade e voltadas ao mercado digital. Média salarial: A partir de R$ 6,5 mil Motivo para a alta: com migrações a ambientes web (sites e aplicações) dos mais diferentes negócios, os desenvolvedores web tornaram-se requisitados para compor equipes tecnicamente especializadas. O termo também vem se tornando mais conhecido devido à popularização de diversos cursos e da flexibilização de perfil de atuação dos profissionais da área. Cargo: analista de user experience/ user interface O que faz: profissional com proficiência em identificar problemas de uso em interfaces, criando hipóteses e testes para soluções. Realizam testes A/B e criam o design da experiência do usuário que amplifique métricas de acesso, utilização e retorno. Também são responsáveis pelo desenvolvimento de layouts, wireframes e protótipos. Média salarial: a partir de R$ 5 mil Motivo para a alta: diversas empresas estão reavaliando todos seus canais de comunicação e distribuição de bens e serviços. Com o isolamento social, cada aumento na taxa de conversão e resultados dentro da interação do usuário tem impacto positivo no resultado dos negócios. Vendas Cargo: analista de customer service O que faz: resolve questões de agendamento de pedidos, ocorrência de entregas e direcionamento de resolução. Prestam atendimento telefônico por diferentes canais. Fazem follow-up de todos atendimentos, buscando excelência e resolução efetiva. Média salarial: R$ 3 mil a R$ 4,5 mil Motivo para a alta: com o aumento de demandas virtuais, que vão para além dos canais tradicionais, a preocupação com qualidade de atendimento ao cliente final e aos colaboradores também se intensificou. Então, houve crescimento na busca das empresas por estes profissionais. Cargo: analista de compras O que faz: prospecção e cotações no mercado; renegociações com clientes; compras internacionais e nacionais e gestão de carteira de fornecedores. Média salarial: R$ 4,5 mil a R$ 5,5 mil Motivo para a alta: a redução de custos latentes e imediatos traz potencial para renegociações de contratos, planejamento de demandas e gestão de fornecedores. Então, a demanda profissional por analistas de compras aumentou. Finanças Cargo: analista de cobrança O que faz: responsável pela atividade de recebimento e cobrança; atendimento a clientes internos e externos; construção de indicadores para acompanhamento da carteira de cobrança; conhecimento de rotinas como régua de cobrança, controle de inadimplência, renegociação; gestão de contratos comerciais; Média salarial: R$ 3 mil a R$ 6 mil Motivo para a alta: no contexto atual, o mercado apresenta maior necessidade de profissionais que tenham habilidade de negociação para ajustes no fluxo de caixa, cobranças pendentes e planejamento para redução de PDD (provisão de devedores duvidosos). Cargo: analista contábil a coordenador de controladoria O que faz: realiza conciliações e relatórios; atendimento à auditoria externa e revisão das demonstrações financeiras anuais; aprovação e revisão de ordens de compra de acordo com classificação contábil, condições fiscais e financeiras com verba orçamentária e é responsável pela estrutura de rateio de custos (intercompany); Média salarial: analista pleno – R$ 5 mil a R$ 7 mil / coordenador – R$ 8 mil Motivo para a alta: O momento demonstra maior necessidade de ter a contabilidade dos negócios em dia. O profissional torna-se importante por fazer a revisão e reportar as demonstrações financeiras, orientando as melhores estratégias para a empresa. Cargo: analista de faturamento O que faz: analisa e valida todo o fluxo de notas fiscais; audita a precisão das informações de faturamento e monitora a operação; configura contratos para faturamento e cobrança; auxilia nas tarefas relacionadas ao closing do mês; Média salarial: analista jr. a pleno – R$ 2 mil a R$ 4 mil / analista sênior – R$ 6 mil Motivo para a alta: Com o contexto atual e as operações virtuais, o volume de emissão de notas pode aumentar, exigindo êxito e acompanhamento profissional. Saúde Cargo: técnicos de enfermagem O que faz: profissional presta assistência direta ao paciente, administrando medicações e curativos, aferindo a pressão e temperatura, coletando material para exames laboratoriais, realizar banho no leito de pacientes acamados, entre outras funções. Média salarial: R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil Motivo para a alta: são profissionais essenciais durante o momento atual do país, em relação à pandemia de Covid-19. Com o aumento do número de pacientes, procuram-se mais profissionais para evitar o colapso do sistema de saúde e também para revezar jornadas de trabalho. Os decretos governamentais têm aumentado a busca pela contratação temporária na área. Cargo: psicólogo O que faz: atua em propostas de terapia remota individual a grupos ou plantões psicológicos, realizando diagnóstico e tratamento dentro de linhas psicoterapêuticas. Média salarial: R$ 4 mil e R$ 5,5 mil Motivo para a alta: saúde mental é uma pauta cada vez mais vital nas empresas. Em momentos de crise e readaptação, este profissional tem sido cada vez mais procurado para promover escuta e diálogo frente aos desafios e ansiedades individuais decorrentes. RH Cargo: coordenador a gerente de RH – foco em folha de pagamento e gestão de crise O que faz: coordena estrategicamente todos os processos de folha junto a área Financeira – recolhimento de impostos, obrigações trabalhistas, cálculo e conferência de pagamentos; além disso, pode buscar novas parcerias com fornecedores (ex: benefícios) e propor otimização sistêmicas de diversos processos operacionais. Média salarial: A partir de R$ 8,5 mil Motivo para a alta: reavaliar recursos de folha é uma estratégica para o manejo de crise. O profissional que, dentro da legislação – lembrando da MP 936 recém-publicada – e ética profissional conseguir promover redução de custos junto às estratégias definidas pela empresa, torna-se altamente valioso neste momento.