
Músico foi internado após apresentar sintomas da Covid-19. Oscar Chávez, durante festival na Cidade do México em março de 2019 Christian Palma / Arquivo / AP Photo O cantor e compositor mexicano Oscar Chávez, que com sua música acompanhou lutas sociais e cantou para Macondo – a cidade imaginária de Gabriel García Márquez – morreu nesta quinta-feira (30) na Cidade do México, aos 85 anos, após apresentar sintomas da Covid-19. Oscar Chávez era "um representante da música tradicional local que, com seu trabalho, conseguiu retratar a realidade da sociedade mexicana e dar voz às causas justas com sua música", escreveu o Ministério da Cultura do México no Twitter. Na quarta (29), o cantor foi internado em um hospital público na capital mexicana após apresentar sintomas da Covid-19, segundo a gravadora do artista. Oscar Chavez (centro), com líder rebelde zapatista Marcos, (mascarado à esquerda), e os comandantes zapatistas Tacho e David (à direita), em março de 2007 Eduardo Verudog / Arquivo / AP Photo Considerado um dos maiores expoentes do Canto Novo no México, ele acompanhou o Movimento Estudantil de 1968 e o Exército Zapatista de Libertação Nacional nos anos 90, com suas canções. O sucesso ocorreu após sua participação no filme "Los Caifanes" (1967), de Juan Ibáñez, considerado uma maravilha do cinema mexicano independente. Seu legado é composto por mais de 25 álbuns, nos quais sua paixão pelo bolero se destaca. Durante sua carreira, compôs músicas baseadas em vários autores, como o mexicano Sor Juana Inés de la Cruz, Amado Nervo e Gilberto Owen, além de García Márquez.