Estudo, que foi baseado em missões oficiais do governo, destaca setor de carnes e mostra avanço na Ásia. 22 frigoríficos brasileiros de carne bovina conseguiram autorização para exportar para a China desde 2019 Reprodução/TV TEM Desde janeiro de 2019 até março de 2020, o agronegócio brasileiro conseguiu abrir mercado para 48 produtos do setor em 21 países diferentes, de acordo com um levantamento divulgado nesta terça-feira (28) pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com dados do Ministério da Agricultura. O estudo da bancada ruralista no Congresso levou em conta dados de missões oficiais realizadas pelo governo federal e mostrou novos mercados para os seguintes produtos. Arábia Saudita: castanhas do Brasil Argentina: bile aviária, carne suína curada, peixes vivos, embriões bovinos, sêmen suíno, carne de rã, lácteos para alimentação animal, termoprocessados de aves, aparas de pele de bovinos para gelatina e lanolina; Cazaquistão: bovinos vivos; China: lácteos, miúdos de origem suína, carne bovina termoprocessada, farelo de algodão, melão e pescados; Colômbia: plântulas de teca e milho pipoca; Coreia do Sul: pescados; Egito: caprinos e ovinos vivos, lácteos, carne de frango, carne bovina e miúdos bovinos; Emirados Árabes Unidos: ovos férteis e pintos de um dia; Equador: bovinos vivos; Estados Unidos: reabertura de mercado para carne bovina in natura; Guiana: mudas de coco; Índia: carne de frango e gergelim; Indonésia: frigoríficos de carne bovina; Japão: lácteos para alimentação animal; Kuwait: carne bovina; Malásia: bovinos vivos; Marrocos: pescados, pintos de um dia e ovos férteis; México: arroz beneficiado; Peru: farinha de subprodutos de aves; Singapura: carne de aves e miúdos de carne suína; Zâmbia: bovinos vivos, sêmen bovino e embrião bovino. Mapa feito pela FPA mostra os mercados abertos pelo Brasil de 2019 a março de 2020 Divulgação Um dos exemplos do estudo é para a carne de frango, que o setor estima crescimento de até 8% nas exportações de totais nos próximos anos com a abertura de mercado da Índia. “Produtos como carne, soja, leite, milho, algodão, pescados, laranja e muitos outros têm ocupado espaço significativo no agronegócio mundial. O país tem fortalecido vínculos já existentes e rompido barreiras para abertura de novos mercados”, disse a FPA em nota. A carne bovina brasileira também vive bom momento, com previsão de exportações anuais de, ao menos, 25 mil toneladas com a abertura de mercado com a Indonésia, além de novas parcerias com o Kuwait e a reabertura para a venda do produto in natura para os Estados Unidos. EUA reabrem mercado para carne bovina in natura do Brasil Já para o pescado nacional se espera um incremento de 18% nas exportações para o Marrocos e a Coreia do Sul. Os países da África também são vistos como um grandes parceiros comerciais. “Ao olharmos para o continente africano, é possível notar a abertura de um potencial de negócio da ordem de US$ 8 bilhões, com a abertura do mercado lácteo com o Egito, assim como os Emirados Árabes Unidos, que também têm fortalecido o comércio agropecuário com o Brasil”, afirmou a FPA. Fator China Principal parceira do agronegócio brasileiro, a China abriu mercado para alguns produtos e também ampliou mercados para alimentos que já tinham acesso ao país. Um produto novo no país são os melões brasileiros, a primeira fruta do Brasil vendida para os chineses. Também houve a autorização para a venda de produtos lácteos, que tem potencial milionário de negócios. Produtores de melão do Ceará estão otimistas com exportações para a China A abertura de mercado com os chineses incluiu também exportações de farelo de algodão, miúdos suínos e carne bovina termoprocessada. Além disso, houve a habilitação de 38 plantas frigoríficas, sendo 22 de carne bovina, 6de suínos, 9 de aves e 1 de asinino (asno) e a redução de 30% para 15% de uma importante tarifa para o suco de laranja brasileiro naquele país.