Na segunda-feira, moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 5,6581. Notas de dólar em casa de câmbio Hafidz Mubarak/Reuters O dólar opera em queda na manhã desta terça-feira (28), depois de vários recordes seguidos nos últimos dias de negócios. A cotação da moeda segue a melhora do humor nos mercados internacionais, onde investidores focam nos sinais de que várias economias estão começando a reabrir. O dia também é de maior apetite por risco no exterior, mas a possibilidade de volatilidade permanece à medida que os investidores seguem atentos à trama política doméstica. Às 9h44, a moeda norte-americana caía 1,10%, a R$ 5,5959. Veja mais cotações. Na sessão anterior, o dólar terminou o dia vendido a R$ 5,6581, em alta de 0,01%. Na máxima, porém, chegou a R$ 5,7253 – nova máxima nominal de cotação (sem considerar a inflação), diante do cenário de juros baixos e pouca entrada de fluxo nos mercados brasileiros. Em meio a cenário de juros baixos – com expectativa de ainda mais cortes na Selic pelo Banco Central –, o dólar acumula alta de 41,11% no ano. No mês, a alta acumulada chega 8,89%. Bolsonaro dá demonstração de apoio à equipe econômica de Paulo Guedes Cenário local Em uma tentativa de demonstrar união dentro do governo, Bolsonaro apareceu ao lado de ministros ao deixar o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, e afirmou que o "homem que decide a economia" no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmando sua confiança no no chefe da equipe econômica. Os mercados, entretanto, reagiram com cautela em meio a maior tensão política após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Na noite da véspera, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello autorizou abertura de inquérito para apurar declarações do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública. Ao deixar o governo, Moro apontou suposta interferência de Bolsonaro em inquéritos da Polícia Federal. O mercado passou a estimar retração de 3,34% do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, e diversos bancos e consultorias avaliam que o país corre o risco de enfrentar uma nova recessão. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê queda de 5,3% do PIB do Brasil neste ano. Cenário externo Lá fora, os investidores aguardam a reunião de política monetária do Federal Reserve que começa nesta terça-feira, embora as expectativas sejam baixas para mais afrouxamento monetário (corte de juros) desta vez. Os preços do petróleo tinham mais uma sessão com viés de baixa com preocupações sobre a diminuição da capacidade de armazenamento mundial. Dólar – 27.04.2020 Economia G1