Na sexta, moeda fechou vendida a R$ 5,6573, novo recorde histórico. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar opera em queda nesta segunda-feira (27), depois de disparada na sexta-feira após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e com os investidores reagindo a comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Às 10h26, a moeda norte-americana caía 0,98%, a R$ 5,6020. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,5345. Veja mais cotações. Na sexta-feira (25), o dólar encerrou a sessão em alta de 2,33%, a R$ 5,6573, renovando recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a ser negociado a R$ 5,7469. No ano de 2020, em meio a cenário de juros baixos – com expectativa de ainda mais cortes na Selic pelo Banco Central –, o dólar acumula alta de 41,09%. No mês, a alta acumulada chegou a 8,88%. O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 10 mil contratos com vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021, destaca a Reuters. o Quem decide a economia é Guedes, diz Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, em uma entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, que o "homem que decide a economia" no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmando sua confiança no no chefe da equipe econômica. O ministro afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus são uma "exceção" na condução da política econômica. 'O homem que decide a economia do Brasil é um só e chama-se Paulo Guedes', diz Bolsonaro O mercado passou a estimar retração de 3,34% do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, e diversos bancos e consultorias avaliam que o país corre o risco de enfrentar uma nova recessão. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê queda de 5,3% do PIB do Brasil neste ano. Os analistas também avaliam os dados da pesquisa da FGV que apontou que a confiança do consumidor desabou ao menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. Segundo o levantamento, houve perda de confiança para consumidores em todas as classes de renda, principalmente para famílias de menor poder aquisitivo (até R$ 2,1 mil). Cenário externo Lá fora, o dia é positivo, com expectativas de mais medidas de estímulo na China e de mais apoio estatal para as aéreas europeias, além da queda no número de novos casos de coronavírus. Os futuros dos mercados nos Estados Unidos também apontam para o azul, à medida que mais Estados estavam prestes a retirar as quarentenas induzidas pela pandemia, com os investidores também focando relatórios de balanços trimestrais de empresas como Apple e Microsoft desta semana. Dólar 24.04.2020 Economia G1