Compras chinesas, que foram represadas durante a pandemia, atingiram níveis recordes a partir de fevereiro. Trabalhadores vestem máscaras enquanto trabalham no porto em Qingdao, na China China Daily via REUTERS A China espera importar mais soja e carne suína neste ano, após a pandemia de coronavírus e os impactos da peste suína que dizimou seus rebanhos de porcos, de acordo com projeções divulgadas pelo Ministério da Agricultura do país na segunda-feira (20). As importações de soja foram estimadas em 92,48 milhões de toneladas em 2020. Até 2025, elas devem crescer para 96,62 milhões de toneladas, enquanto em 2029 devem alcançar 99,52 milhões de toneladas. As importações de carne suína neste ano devem crescer para 2,8 milhões de toneladas, um avanço de 32,7% na comparação anual. A China é um importante comprador de soja e carne suína em nível global e tipicamente importa milhões de toneladas da oleaginosa por ano para processar e transformar em ração animal. A peste suína africana, no entanto, reduziu em mais de 40% o rebanho de porcos do país no ano passado, reduzindo a oferta do principal país consumidor de carne suína. Somados os efeitos do coronavírus, que atingiu o transporte de porcos e atrasou a retomada de abatedouros, os preços da carne favorita dos chineses subiram em fevereiro para níveis recorde. A China tem ampliado as importações de carne suína nos últimos meses para compensar a queda na oferta doméstica. Mais compras, menos consumo Apesar das maiores importações, o consumo de carne suína na China em 2020 deve cair para 42,06 milhões de toneladas, recuo de 5,6% na comparação anual, devido aos altos preços e à queda na demanda dos consumidores devido ao coronavírus, segundo o ministério. A produção de carne suína deve cair neste ano para 39,34 milhões de toneladas, recuperando-se para 54 milhões de toneladas em 2022. Na soja, a produção doméstica chinesa foi estimada em 18,81 milhões de toneladas em 2020, alta de 3,9% na comparação anual. O consumo deve crescer de maneira estável e continuar a depender principalmente de importações pelos próximos 10 anos, disse um representante do ministério. O ministério também disse que a área e a produção de milho devem crescer em 2020, com a produção estimada em mais de 260 milhões de toneladas neste ano. Initial plugin text