Tempos são 'altamente incertos e desafiadores para a economia global', segundo diretor do órgão. O crescimento econômico da Ásia este ano será interrompido pela primeira vez em 60 anos, com a crise do coronavírus afetando o setor de serviços da região e seus principais destinos de exportação, informou o Fundo Monetário Internacional (FM) nesta quinta-feira (16).
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As autoridades devem oferecer apoio direcionado às famílias e empresas mais atingidas pelas proibições de viagens, políticas de distanciamento social e outras medidas destinadas a conter a pandemia, disse Changyong Rhee, diretor do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI.
“Estes são tempos altamente incertos e desafiadores para a economia global. A região da Ásia-Pacífico não é exceção. O impacto do coronavírus na região será severo, generalizado e sem precedentes”, disse Rhee em uma entrevista coletiva virtual ao vivo.
“Não é hora de negócios normais. Os países asiáticos precisam usar todos os instrumentos de política monetária em seus kits de ferramentas.”
A economia da Ásia provavelmente sofrerá um crescimento zero este ano pela primeira vez em 60 anos, disse o FMI em um relatório sobre a região Ásia-Pacífico divulgado nesta quinta-feira.
Embora a Ásia esteja se saindo melhor do que outras regiões, que sofrerão contrações econômicas, a projeção é pior do que as taxas de crescimento médias de 4,7% durante a crise financeira global e de 1,3% durante a crise financeira asiática no final dos anos 90, disse o FMI.
O FMI espera uma expansão de 7,6% no crescimento econômico asiático no próximo ano, supondo que as políticas de contenção do vírus sejam bem-sucedidas, mas acrescentou que as perspectivas são altamente incertas.