Autor de 'O velho que lia romances de amor estava internado há mais de um mês com a doença. O escritor chileno Luis Sepulveda na feira do livro de Paris, em março de 2010 ETIENNE DE MALGLAIVE / AFP O escritor chileno Luis Sepúlveda, forçado ao exílio durante a ditadura de Augusto Pinochet, morreu na Espanha aos 70 anos, depois de passar um mês e meio hospitalizado por causa do coronavírus, informou a editora Tusquets. O autor estava internado desde o fim de fevereiro no Hospital Universitário Central das Astúrias, na região norte da Espanha, onde morava. Ele apresentou resultado positivo para o novo coronavírus depois de retornar de um festival no norte de Portugal. Veja famosos que morreram por causa do novo coronavírus De acordo com a imprensa local, em 10 de março, o escritor estava em estado crítico e, desde então, a família não divulgou mais informações sobre a saúde de Sepúlveda. "Os profissionais da saúde fizeram tudo para salvar sua vida, mas não superou a doença. Meus emocionados pêsames para a mulher e a família", escreveu no Twitter o presidente regional das Astúrias, Adrián Barbón. Instalado na Europa desde os anos 1980, Sepúlveda conquistou o sucesso como autor de 20 romances, livros de crônicas e contos, com destaque para "O velho que lia romances de amor". Prisão em 1973 Nascido em outubro de 1949 em Ovalla, uma cidade ao norte de Santiago, ele militou na juventude comunista e depois em grupos socialistas, o que provocou sua detenção em 1973, durante a ditadura de Augusto Pinochet. Depois de um período conturbado, alternando dois períodos na prisão, outro em prisão domiciliar e quase um ano foragido na clandestinidade, em 1977 conseguiu sair do Chile, onde nunca voltou a morar.