Mercado trabalha com a possibilidade de que a Opep e os países aliados fechem um acordo na quinta-feira (9) para redução de oferta. Os contratos futuros do petróleo ganharam força na parte final da sessão desta quarta-feira (8) e terminaram o dia em alta, impulsionados por expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados fechem um acordo na quinta-feira (9) para cortes de oferta. O petróleo Brent fechou em alta de 0,97 dólar, ou 3%, a US$ 32,84 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos avançou US$ 1,46, ou 6,2%, para US$ 25,09 dólares o barril. Funcionário trabalha em campo de petróleo Sergei Karpukhin/Reuters Os preços do petróleo colapsaram em 2020 por causa de uma forte queda na demanda devido à pandemia de coronavírus e ao excesso de oferta. Em 30 de março, o Brent chegou a ser negociado a 21,65 dólares por barril, menor nível desde 2002. Agora, espera-se que a videoconferência de quinta-feira entre a Opep e aliados, entre eles a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, seja mais bem sucedida do que o encontro de março, que terminou com o fracasso na extensão de um pacto de corte de oferta e a deflagração de uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. "A pressão sobre esses países para cortes é enorme", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. O entusiasmo do mercado em relação à possibilidade de um acordo cresceu após notícias sugerirem que a Rússia vai cortar seu bombeamento, enquanto o ministro de Energia da Argélia afirmou esperar um encontro "frutífero". Os "benchmarks" chegaram a devolver alguns ganhos, com o Brent operando brevemente em território negativo, depois de dados do governo dos EUA mostrarem que os estoques de petróleo no país tiveram um aumento recorde de 15,2 milhões de barris na semana passada, mesmo com um corte de produção de 600 mil barris por dia.