O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou ao blog que o déficit primário do governo central em abril será maior do que o registrado em todo o ano de 2019 (R$ 95 bilhões). O rombo nas contas do governo no mês ocorrerá por causa dos gastos direcionados para fazer frente à pandemia do novo coronavirus. Além da ajuda emergencial entre R$ 600 e R$ 1,2 mil, que custará R$ 98 bilhões ao governo para os três meses previstos. O governo tem liberado recursos para Estados, municípios, para a área da Saúde e assistência. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, em foto de fevereiro de 2020 Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo Economistas defendem que é preciso realizar gastos para fazer frente à crise da Saúde e para atender a população mais vulnerável, mas alertam que excesso de gastos, que excedam necessidades emergenciais, podem deixar uma herança amarga nas contas públicas que podem levar a um aumento de impostos. Medidas econômicas na crise do coronavírus: veja perguntas e respostas A previsão inicial, antes da pandemia do coronavirus, era de que o déficit primário para todo o ano de 2020 ficasse em R$ 124 bilhões. Na última semana, a equipe econômica já anunciou que estima que esse número ultrapasse os R$ 419 bilhões. O Brasil registra déficits primários nas suas contas desde 2014, o que tem contribuído para o aumento do endividamento do país. Initial plugin text