Um acionista alegou em um processo judicial que as ações da empresa, que haviam se recuperado por vários dias no início do ano, despencaram. Plataforma de videoconferência Zoom é alvo de questionamentos após 'bombar' com início do período de isolamento pelo coronavírus Divulgação A Zoom Video Communications Inc se deparou com uma ação coletiva por um de seus acionistas na terça-feira (7), que acusa o aplicativo de videoconferência de exagerar seus padrões de privacidade e de não divulgar que seu serviço não era criptografado de ponta a ponta. Por que o Zoom é alvo de desconfiança e quais são as alternativas para videoconferência? O acionista Michael Drieu alegou em um processo judicial que uma série de reportagens recentes da mídia destacando as falhas de privacidade no aplicativo de Zoom fizeram as ações da empresa, que haviam se recuperado por vários dias no início do ano, despencar. Os papéis fecharam em queda de 7,5%, a US$ 113,75 na terça-feira. Eles perderam quase um terço do seu valor de mercado desde que atingiram altas recordes no final de março. O presidente-executivo da Zoom, Eric Yuan, pediu desculpas aos usuários na semana passada, dizendo que a empresa havia ficado aquém das expectativas quanto a privacidade e segurança da comunidade e estava tomando medidas para corrigir os problemas. A Zoom está tentando solucionar problemas de segurança, pois registra milhões de novos usuários em todo o mundo, uma vez que as pessoas são forçadas a trabalhar em casa depois que bloqueios foram impostos para retardar a propagação do coronavírus. A empresa também anunciou a contratação de um ex-chefe de segurança do Facebook para corrigir as falhas (veja mais abaixo). No entanto, a empresa está enfrentando uma reação dos usuários preocupados com a falta de criptografia de ponta a ponta das sessões de reunião e o "zoombombing", onde convidados indesejados entram em reuniões. Taiwan e Alemanha impuseram restrições ao uso. A SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, proibiu recentemente seus funcionários de usar o Zoom, citando "preocupações significativas de privacidade e segurança", enquanto o gabinete de Taiwan disse às agências governamentais que parassem de usar o aplicativo. A Zoom não respondeu a um pedido da Reuters de comentar, depois do horário comercial. Ex-Facebook para reforçar privacidade e segurança A Zoom anunciou a contratação do ex-chefe de segurança do Facebook Alex Stamos como consultor e criou um conselho consultivo para melhorar a privacidade e a segurança de seu aplicativo. Para resolver as preocupações, a Zoom formou um Conselho CISO, que inclui os diretores de segurança da informação do HSBC, NTT Data, Procore e Ellie Mae, para discutir questões de privacidade, segurança e tecnologia. Também criou um colegiado para aconselhar o presidente-executivo, Eric Yuan, em questões de privacidade. Os membros iniciais incluem chefes de segurança da VMware, Netflix, Uber e Electronic Arts. Uma das principais medidas foi contratar Stamos, que cuidava da segurança da plataforma de mídia social do Facebook até sua partida em 2018. Atualmente, ele é professor-adjunto no Instituto Freeman-Spogli de Stanford. Initial plugin text