Marília Mendonça terá 8 técnicos e Zé Neto & Cristiano, 10. Gusttavo Lima e Jorge & Mateus tiveram garçom e aglomeração. Google diz que vai 'reforçar cuidado' em parcerias do YouTube. Henrique e Juliano, Marília Mendonça e Zé Neto e Cristiano têm lives marcadas para os próximos dias Divulgação Após as lives de Gusttavo Lima e Jorge & Mateus, sucessos de público mas com aglomeração nos bastidores, mais sertanejos e cantores populares planejam transmissões com equipe técnica no local. Este modelo e é diferente do início da onda das lives, com astros mundiais e festivais brasileiros fazendo transmissões mais simples sem tirar vários técnicos de casa (entenda no podcast abaixo). Marília Mendonça, que já tinha feito lives simples no Instagram, vai fazer uma mais produzida no YouTube, nesta quarta-feira (8), às 20h. Serão oito pessoas na equipe técnica, diz sua asessoria. Zé Neto e Cristiano dizem que a equipe de sua live será de dez pessoas, no domingo (12). Henrique e Juliano (dia 19), Wesley Safadão (18), Matheus e Kauan (11), Raí Saia Rodada com Luan Estilizado (11) também confirmaram ao G1 que terão equipes no local, mas não disseram o número. Todos prometem cuidados como uso de máscaras, álcool em gel, alternar equipes de montagem e manter distância entre as pessoas durante o trabalho. E o YouTube? Os sertanejos estão preferindo o YouTube ao Instagram. O site permitir monetizar a transmissão – ou seja, os artistas ganham dinheiro com os vídeos de anúncios exibidos pela plataforma, alem dos "publis" feitos durante a live. Em algumas lives, o YouTube aparece como parceiro direto. O canal da campanha #FiqueEmCasa #Comigo, promovido pelo YouTube Brasil, pôs Jorge e Mateus em destaque. A marca da campanha está em uma festival de lives da produtora sertaneja Workshow no dia 17. Imagem da live da dupla Jorge & Mateus com muita gente no mesmo espaço Reprodução / Internet O G1 perguntou ao Google, dono do YouTube, se considerou a produção de Jorge e Mateus adequada, por que empresa resolveu apoiar lives com equipes grandes e não as mais simples, e quais cuidados serão tomados no futuro. A resposta foi a seguinte: “O YouTube é uma plataforma aberta que permite a qualquer criador fazer uma apresentação ao vivo, tendo apenas uma webcam como equipamento. É essa liberdade que possibilita a existência de um movimento importante como o #Fiqueemcasa #Comigo no período que estamos vivendo. Não temos ingerência sobre a maneira como os vídeos são produzidos, mas entendemos a importância de promover a proteção de todos que estejam envolvidos nas execuções das lives." "Iremos reforçar este cuidado nas próximas apresentações planejadas por artistas de vários estilos, que querem usar o YouTube para se conectar com a audiência", completa o Google. Festivais seguem caseiros O G1 também procurou os produtores dos principais festivais brasileiros de lives, que têm adotado o modelo de gravações simples em casa. André Miranda, editor-executivo da redação integrada "O Globo", "Extra" e "Época", que promoveu o festival #TamoJunto, justificou a escolha por este tipo de produção: "Entendemos que o isolamento social, quando possível em casos que sair de casa não é essencial, deve ser respeitado. Não queremos colocar artistas e nossa equipe em risco desnecessário." André diz que não há plano de promover lives com equipe grande. "Mesmo se não estivéssemos numa situação de isolamento, acho que não faríamos assim, não tem muito a ver com a gente. O nome do nosso festival é #tamojunto, a gente gosta dessa relação mais intimista entre os artistas e o público." Paula Fernandes, Baby do Brasil e Paulo Miklos fizeram lives no festival TamoJunto no domingo (29) Divulgação Andre Miranda também falou sobre o dia a dia do festival junto aos artistas: "A grande maioria dos artistas já está acostumado a usar o Instagram. Eles só precisam se conectar em suas próprias contas no horário combinado e tocarem. A gente faz o resto: puxamos o sinal e distribuímos as apresentações num vídeo único. E isso é o mais importante: não é uma iniciativa apenas do Globo. É uma projeto nosso com os artistas, todos estamos juntos nessa situação e queremos fazer nossa parte para ajudar a sociedade" Claudio Lins, um dos produtores do festival de lives #ZiriguidumEmCasa, disse: "A ideia era – e ainda é – evitar o contato social. O festival nasceu com o propósito de oferecer opções de arte e música no momento excepcional em que vivemos. Assim, não fazia sentido pensarmos em uma equipe itinerante." "Além disso, entendemos que a tecnologia atual de smartphones e plataformas digitais permite que o próprio artista possa produzir sozinho, em casa, uma live audiovisual de qualidade bem aceitável", completa Claudio. Mandetta deu recado na live O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse durante as lives de Xand Avião e Jorge & Mateus: "Importante que a música chegue, mas que a gente não aglutine, que a gente não coloque as pessoas no mesmo lugar." A transmissão de lives musicais não é reconhecida entre os decretos do governo que determinaram atividades essenciais, como supermercados, farmácia, transportes e jornalismo. Equipe de Gusttavo Lima durante live do cantor Reprodução As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro