Cantor apresenta a primeira música do segundo álbum de estúdio, 'A bolha', sem sair do costumeiro tom pop folk. Capa do single 'O amor é o segredo', de Vitor Kley Divulgação Resenha de single Título: O amor é o segredo Artista: Vitor Kley Compositor: Vitor Kley Gravadora: Midas Music Cotação: * * * ♪ Vitor Kley deixou de ser mais um na multidão do universo pop brasileiro por apostar na força da canção. Embora acenem para o público jovem com linguagem pop e coloquial, as melodias e letras do compositor gaúcho pairam acima do nível raso de boa parte da produção fonográfica nacional voltada para o mainstream. Sem impressionar, mas tampouco sem decepcionar, Kley preserva as habilidades autorais no single O amor é o segredo, primeira amostra do segundo álbum de estúdio do cantor, A bolha, produzido por Rick Bonadio e gravado sob direção artística dividida entre Renato Patriarca e o próprio Bonadio, cujo estúdio caseiro é a própria bolha mencionada no título do disco. Em O amor é o segredo, o canto suave e polido do artista propaga a boa vibração dessa música terna, sem cair em terreno sentimental. Na voz de Kley, versos quase pueris como “Um dia me disseram que nada vai adiantar / Que o mundo tá perdido e não sai do lugar / Pena de quem acreditou / Se a gente existe, ainda existe o amor / Então eu te quero muito bem / Quero te amar sem medo / Sorrir sem saber por quê / O amor é o segredo que falta a gente entender” escapam de soar piegas. Na nota oficial sobre a edição do single O amor é o segredo, Vitor Kley sinaliza que o álbum A bolha está pautado por maior variedade rítmica, indo além do folk pop que caracteriza primordialmente o som do artista. “(O disco) tem uma diversidade maior. Retrata bem quem sou, o cara que toca violão de cordas de nylon em casa, que usa acordes de sétima para um lance mais MPB, que pega a guitarra e curte tocar um rock´n´roll de duas notas”, enumera Kley. A julgar pelo single O amor é um segredo, canção (bem) enquadrada por Bonadio na moldura do folk pop, Vitor Kley mantém inalterada n'A bolha a receita do solar cancioneiro do primeiro álbum, Adrenalizou (2018). E mal nenhum há nisso. Até porque, no caso do jovem artista, a simplicidade linear talvez seja o segredo do sucesso.