Bolsas europeias operam com instabilidade; barril de petróleo Brent registra a menor cotação desde 2002. As bolsas têm mais um dia de instabilidade nesta segunda-feira (30), à medida que os receios sobre o impacto econômico da pandemia de coronavírus se intensificam com várias nações prolongando os bloqueios e medidas de isolamento para reduzir a propagação da doença.
Na Europa, os principais índices passaram boa parte do dia em queda, mas inverteram o curso e registraram ganhos ao fim da sessão. Na Ásia, no entanto, as bolsas fecharam em queda.
Na véspera, o presidente Donald Trump mudou o discurso, passando a pedir para os americanos ficarem em casa até 30 de abril.
Veja os principais destaques do dia*
Dólar: opera em alta de 1,45%, a R$ 5,1778
Ibovespa: opera em alta de 1,23%, a 74.329 pontos
Bolsa de Nova York (Dow Jones): opera em alta de 2,34%
Bolsa de Londres: fechou em alta de 0,97%
Bolsa de Frankfurt: fechou em alta de 1,90%
Bolsa de Paris: fechou em alta de 0,62%
Bolsa de Madri: fechou em queda de 1,74%
Petróleo WTI: opera em queda de 6,23%, a US$ 20,17
Petróleo Brent: opera em queda de 8,74%, a US$ 22,75 (atingiu menor nível desde 2002)
Bolsa de Tóquio: fechou em queda de 1,57%
Bolsa de Xangai: fechou em queda de 0,90%
Bolsa de Seul: fechou em queda de 0,04%
Bolsa de Singapura: fechou em queda de 4,45%
Bolsa de Sydney: fechou em alta de 7%
* Atualizado às 15h55
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Últimos destaques
A Austrália gastará 130 bilhões de dólares australianos (quase US$ 80 bilhões), para subsidiar os salários de cerca de 6 milhões de pessoas, elevando o estímulo econômico a cerca de 15% do Produto Interno Bruto do país. O subsídio anunciado nesta segunda fornecerá às empresas elegíveis 1.500 dólares australianos a cada quinzena por seis meses, para cada funcionário. Qualquer empresa que perdeu 30% de sua receita pode solicitar os fundos.
A pandemia de coronavírus pode provocar contração do PIB alemão de entre 2,8% e 5,4% em 2020, indicou nesta segunda-feira um painel de economistas que aconselha o governo. "A economia alemã encolherá de maneira significativa em 2020", afirma o painel de especialistas conhecidos como "sábios", ao destacar que a dimensão exata do impacto "dependerá da extensão e duração das medidas de saúde pública e da subsequente recuperação".
Número de infectados no mundo passou de 724 mil, e o de mortes superou 34 mil, segundo a universidade americana Johns Hopkins. Mais de 152 mil se recuperaram da doença.
O banco central da China cortou a taxa de recompra reversa em 20 pontos básicos, a maior redução em quase cinco anos e o terceiro corte na taxa de 7 dias desde novembro. Ma Jun, assessor do banco central, disse à mídia estatal que a China ainda tem amplo espaço para ajustes da política monetária e que a decisão levou em consideração o retorno das empresas chinesas ao trabalho, a situação global do vírus e a deterioração no ambiente econômico externo.
Os ministros de Comércio do G20 concordaram em intensificar a cooperação e a coordenação para garantir o fluxo contínuo de suprimentos e equipamentos médicos vitais e outros itens essenciais diante do coronavírus que se espalha rapidamente. Em uma declaração conjunta, os ministros disseram que tomarão "medidas imediatas e necessárias" para facilitar esse comércio e incentivar a produção adicional.