Música é a primeira amostra do disco gravado com colaborações de Ney Matogrosso e Lúcio Maia. Resenha de single Título: Pedalada Artista: Duda Brack Compositores: Duda Brack e Chico Chico Gravadoras: Matogrosso / Alá Comunicação e Cultura / Altafonte (Distribuição) Cotação: * * * * ♪ “Enquanto você finge que eu estou falando com as paredes / Minha voz vai sorrateiramente bagunçando a sua mente / E vasculhando a sua cabeça / Até você dizer / Chega!”, brada Duda Brack – com a voz até aqui de mágoa – no fim de Pedalada, single programado para chegar ao mercado fonográfico na sexta-feira, 20 de março, com capa criada por Rebeca Brack a partir de foto de Dudu Mafra. Cinco após despontar na cena carioca com excepcional primeiro álbum de tom (in)tenso, É (2015), a cantora e compositora gaúcha – residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ) – se prepara para lançar o segundo álbum solo neste ano de 2020. Ney Matogrosso, Lúcio Maia (guitarrista da Nação Zumbi) e o grupo de percussão Os Capoeira integram o time de colaboradores do álbum, cuja primeira amostra, Pedalada, confirma expectativas e justifica as apostas feitas em Duda. Admirador do canto visceral de Duda Brack desde que a (ou)viu interpretar o repertório do grupo Secos & Molhados no projeto Primavera nos Dentes (2017), o próprio Ney avaliza álbum e single através do selo do cantor, Matogrosso. Pedalada é composição resultante da parceria entre Duda Brack e Chico Chico. Capitaneada por Duda com o guitarrista Gabriel Ventura, que também toca piano na gravação feita em outubro de 2018, a produção musical de Pedalada traduz em sons a inquietação dessa composição que versa sobre incursão noturna em madrugada movida a sexo – como explicita o clipe de Pedalada, protagonizado pelo ator Gabriel Leone, intérprete do personagem que parte em busca da mulher personificada por Duda. Orquestrado pela própria Duda Brack com vários músicos da gravação, como o baterista Barbosa e o baixista Guilherme Lírio, o arranjo da música cria ambiência roqueira sem fazer de Pedalada um rock. Arranjados pelo trombonista Vitor Tosta, os sopros ajudam a potencializar o clima de tensão que pauta a gravação, contribuindo para que Duda Brack consiga “bagunçar” mentes com o expressivo single enquanto marcha inquieta para o segundo álbum solo.