Lançado em 1970, o disco tem dueto com Baby do Brasil e música assinada pelo artista com os Mutantes. Editado no formato de CD em 2017, o segundo álbum de Tom Zé – lançado originalmente em 1970 – volta ao formato original de LP. A reedição do álbum Tom Zé chega ao mercado fonográfico em março na série Clássicos em vinil, da Polysom, 50 anos após o lançamento do LP pela gravadora brasileira RGE. De toda a obra fonográfica construída pelo cantor, compositor e músico baiano ao longo da década de 1970, o álbum Tom Zé talvez seja o título menos estudado dessa fase da discografia do artista. Ao gravar o disco em estúdio da cidade de São Paulo (SP), sob direção de produção orquestrada por João Araújo (1935 – 2013), Tom Zé já tinha se desgarrado da turma tropicalista e começava a pavimentar um caminho solitário à margem do mercado. A rigor, álbuns como Tom Zé (1972), Todos os olhos (1973), Estudando o samba (1976) e o menos aclamado Correio da Estação do Brás (1978) – assim como o Tom Zé de 1970 ora reeditado em LP – somente seriam de fato valorizados a partir da década de 1990. Capa da edição em LP do álbum 'Tom Zé' na série 'Clássicos em vinil' Divulgação Com repertório inteiramente autoral, formatado com arranjos divididos entre Chiquinho de Morais, Hector Lagna Fietta (1913 – 1994) e Roberto Azevedo (o Capacete), o álbum de 1970 apresenta dueto de Tom Zé com Baby do Brasil – então (pouco) conhecida como Baby Consuelo – na faixa Jeitinho dela. A conexão com Baby foi arquitetada por João Araújo, que já apostava no então pouco ouvido grupo Novos Baianos. Já a música Qualquer bobagem estendeu a ligação de Tom Zé com os Mutantes, trio projetado na Tropicália. Contudo, a composição menos desconhecida desse álbum sem hits é Jimmy, renda-se, parceria de Tom Zé com Valdez. Sozinho, Tom Zé assina músicas como A gravata, Dulcinéia popular brasileira, Escolinha de robô, Guindaste a rigor e Passageiro.