Mahnke, da GM: ausência no Salão do Automóvel brasileiro (Divulgação/Divulgação)
O Salão do Automóvel de São Paulo, maior evento da indústria automotiva no Brasil, será minguado em 2020. Cerca de 14 marcas ficarão de fora da exposição, entre elas líderes de mercado, como Chevrolet, Toyota e Hyundai.
O discurso oficial é que o formato está antiquado. Mas a principal razão da desistência das montadoras é o baixo retorno para um investimento que pode chegar a 15 milhões de reais.
Segundo EXAME apurou, o metro quadrado do estande vazio na exibição custa 1.055 reais, valor que sobe para 1.252 considerando uma estrutura de TVs, paredes e salas. A tarifa diária de energia é de 104.310 reais.
A Chevrolet, marca da americana GM, é uma das que tradicionalmente ocupam os espaços mais nobres do evento e estarão ausentes dessa edição. “O Salão do Automóvel é mais uma competição da indústria, e não queremos competir para saber quem tem o melhor estande. Estamos mais focados em atender às necessidades dos clientes”, afirma Hermann Mahnke, diretor executivo de marketing da Chevrolet.
A montadora deve concentrar esforços no ambiente digital, onde já nascem 25% de suas vendas no varejo. Mahnke diz que o modelo dos salões vem mudando no mundo e que as marcas têm migrado, por exemplo, para grandes eventos de tecnologia a fim de se aproximar do consumidor. “É um caminho sem volta.”