Daniel de Jesus: a nova empresa já nasce com distribuição em 10 mil pontos de venda (Germano Lüders/EXAME)
Nem bem a Duty Cosméticos foi lançada e já tem investidores de peso. Um fundo comandado pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, comprou uma participação na nova marca voltada a produtos para coloração de cabelo.
De acordo com o jornal Valor Econômico, o investimento foi feito a partir de um fundo chamado LTS Investmens, nomeado a partir das iniciais dos sobrenomes dos sócios. O valor do investimento não foi divulgado, mas a participação na Duty seria minoritária.
A Duty foi contatada por Exame, mas não respondeu até a publicação desta matéria.
A nova empresa foi criada em junho do ano passado por Daniel de Jesus, empresário conhecido por ter vendido a marca Niely, também de produtos capilares, à L’Oréal há quase seis anos por 1 bilhão de reais. Por conta da venda, Jesus passou um período longe do mercado, mas agora retorna para enfrentar a concorrência que ele próprio criou.
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O investimento de Jesus para a criação da Duty foi de cerca de 200 milhões de reais. Assim como a Niely, a Duty tem duas frentes principais de atuação. O carro-chefe é a DutyColor, de coloração, semelhante à Cor&Ton, da Niely. A DaBelle, de xampus e condicionadores, é equivalente à Niely Gold. O público-alvo também será o mesmo: os consumidores das classes C e D.
A Duty já começou a comercializar como gente grande: tem acordos com seis distribuidores e dez redes de perfumaria, como a paulistana Ikesaki, somando 10 mil pontos de venda, com foco em pequenos mercados. Carrefour e Pão de Açúcar não estão na lista. A meta é conquistar a liderança no segmento de tinturas nos próximos cinco anos e entrar aos poucos em outros nichos, como maquiagem.
A meta da Duty é faturar 100 milhões de reais em um ano e chegar à marca de 1 bilhão de reais em dez anos. Quando foi vendida, a Niely faturava 540 milhões de reais.
“Todos comentam que o rei da coloração está de volta”, disse Jesus em entrevista a Exame em setembro do ano passado. Tendo os maiores bilionários do Brasil como sócios, o retorno de Jesus ao mercado de cosméticos será sentido até pela gigante L’Oréal.
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