De janeiro a outubro, as captações por meio de ações na bolsa brasileira somaram 70 bilhões de reais, sendo cinco aberturas de capital (IPOs na sigla em inglês) e 27 ofertas subsequentes (follow-ons, no termo em inglês) (NurPhoto/Getty Images)
São Paulo – As sucessivas altas do Ibovespa são comemoradas não apenas pelos investidores e pelas empresas que fazem parte do índice, mas também pela própria bolsa de valores. Isso porque, em tempos de bonança, mais companhias decidem usar instrumentos do mercado de capitais para se financiar – o que vira receita para a B3. O resultado disso é visível nos números reportados pela B3 referentes ao terceiro trimestre do ano.
A receita total da bolsa cresceu 34% de julho a setembro, ante o mesmo período de 2018, para 1,7 bilhão de reais, enquanto o lucro líquido recorrente subiu 38,7% para 851 milhões de reais.
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De janeiro a outubro, as captações por meio de ações na bolsa brasileira somaram 70 bilhões de reais, sendo cinco aberturas de capital (IPOs na sigla em inglês) e 27 ofertas subsequentes (follow-ons, no termo em inglês). Já as catações por meio de dívida alcançaram 214 bilhões de reais, enquanto os novos fundos imobiliários atingiram 26 bilhões de reais.
Além disso, os fundos de investimento aumentaram em 200 bilhões de reais sua exposição a ações e títulos de dívidas corporativas, o que representa uma alta de 34%. “É, sem dúvida, recorde histórico”, comenta Rogério Santana, diretor de relações com investidores da B3, em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira (8). É bom frisar que é recorde, se desconsiderar o ano de 2010, quando a megacapitalização da Petrobras, de 120 bilhões de reais, puxou o total de ofertas para 149 bilhões de reais.