Sadia e Perdigão: após uma fase ruim, a BRF começa a dar sinais mais concretos de recuperação e aumenta o volume de lançamentos de produtos (Alexandre Battibugli/EXAME)
Nos últimos dois anos, a BRF, dona da Sadia e da Perdigão, passou por maus bocados. Registrou o maior prejuízo da história, trocou a diretoria em meio a uma ruidosa briga de sócios e enfrentou uma investigação por pagamento de propina a fiscais sanitários.
Desde que assumiu a presidência do conselho de administração em junho de 2018, o executivo Pedro Parente vem dizendo que recolocar a empresa nos trilhos é um trabalho de longo prazo. Mas os sinais de recuperação começaram a aparecer. Em um ano e quatro meses, com um plano de reorganização rodando e a gripe suína na Ásia, o valor de mercado da BRF quase dobrou, chegando a 31 bilhões de reais.
No embalo da retomada, a BRF está lançando 85 produtos neste ano. Ao portfólio da Sadia foram acrescentados 45 itens, um aumento de 240% em relação a 2018, incluindo 14 cortes de suíno, como picanha e alcatra, e um prato pronto de massa com queijo ao estilo do americano mac and cheese.
A pizza congelada da Perdigão, retirada do cardápio em 2009 por ordem do regulador na fusão com a Sadia, está voltando às prateleiras. Em sabores diferentes dos da pizza da Sadia, como o de calabresa moída, já chegou à Região Sul e logo deve se espalhar pelo país. As novidades estão em linha com o desejo das famílias de mais praticidade na rotina, segundo Marcelo Suarez, diretor de marketing: “Queremos atingir o maior número de consumidores possível, atendendo ao seu crescente nível de exigência. Essa é a beleza de ter duas marcas”.